Convênio com creches particulares é inviável, afirma Prefeitura de Brusque
Secretário de Educação estuda alternativas para ampliar vagas, como convênios com empresas
Embora seja um modelo adotado em diversas cidades de Santa Catarina, a contratação de vagas em creches particulares é considerada inviável pela Secretaria de Educação de Brusque. O secretário José Zancanaro afirma que a pasta pretende trabalhar em parceria com empresas para desafogar a fila da Educação Infantil no município.
Na última sessão da Câmara de Vereadores, Waldir da Silva Neto propôs que a prefeitura compre vagas em creches particulares do município, e assim reduza a fila de espera.
Contudo, essa proposição é inviável porque a prefeitura não teria dinheiro para pagar por tantas crianças. “Isso é impossível”, diz o secretário.
De acordo com Zancanaro, a Secretaria de Educação trabalha com uma alternativa para tentar suprir a demanda por vagas em creches: as parcerias com empresas. A ideia da é realizar mais projetos semelhantes ao da FIP, que mantém o CEI Emília Floriani II, e a Irmãos Fischer, com o CEI Bisa Olga Fischer.
Segundo o secretário, a pasta também trabalha para ampliar as creches já existentes e também para construir novas.
Ele ressalta que o município tem obrigação, por lei, de ofertar a Educação Infantil para crianças a partir dos 4 anos de idade. Neste ponto, a prefeitura cobre 100%, segundo Zancanaro. Mas ainda faltam postos para os mais novos, apesar de não existir a exigência legal.
Escolas lotadas
O Município consultou algumas das principais escolas de Educação Infantil da cidade. Apenas uma possui vagas em aberto, as demais ou já estão lotadas ou têm alta procura, o que inviabilizaria um convênio com o poder público.
Somente o Sesc Escola possui vagas para crianças, de acordo com Edemar Aléssio, o Palmito, gerente do Sesc de Brusque. Dos 160 postos abertos para meninos e meninas de 4, 5 e 6 anos, 66 não foram preenchidas ainda.
A realidade é bem diferente nas outras instituições. O Colégio Cônsul Carlos Renaux possui a Educação Infantil, contudo, não há vagas. A coordenadora Gislaine Tavares diz que o setor não comporta muitos alunos e que sempre há demanda a ser preenchida.
O Cônsul conta com somente uma turma por idade, por isso não há postos a serem ofertados. Segundo a coordenadora, há uma fila de espera, e quando as matrículas são abertas, logo são esgotadas.
O Centro de Educação Infantil dos Comerciários recebe diariamente entre 20 e 30 ligações de pais em busca de vagas para os filhos. A diretora Anna Gevaerd diz que existe uma alta procura e as turmas estão completas.
Segundo Anna, há seis ou sete anos, o CEI dos Comerciários atendeu poucas crianças da rede municipal. Atualmente, seria inviável, uma vez que já existe espera por vagas.
O mesmo cenário de lotação é verificado no Colégio São Luiz. A escola oferta vagas nos períodos matutino ou vespertino, a partir de 1 ano e dois meses de idade (maternal) até os 5 anos (Nível D).
O diretor Claudio Marcio Piontkewicz explica que as vagas são preenchidas conforme a ordem de chegada e enquanto houver espaços. Mas ele não rechaça completamente um convênio.
“Colocamo-nos à disposição para tratar das intenções de convênio do setor público bem como, pensar alternativas para melhor atender aos munícipes”, afirma, em nota.