Conversas praianas: Melyssa e Toddynho
Muitas pessoas caminham na movimentada calçada da avenida Brasil, uma das principais vias da cidade. No entrevero de ombros se cruzando, se desviando em centímetros, duas mulheres, já cinquentenárias, quase colidiram seus dois carrinhos sobre a movimentada calçada. Entre cumprimentos, sorrisos e pedidos de desculpa, afinal educação em primeiro lugar, uma delas logo procurou mostrar que estava a fim de uma conversa amistosa. De pronto, perguntou curiosa, cheia de simpatia: “é menino ou menina?”.
A outra, dona de um carrinho cheio de penduricalhos, com pequeno toldo aveludado, decorado com fitas e pompons cor-de-rosa, lisonjeada com o súbito interesse de sua nova conhecida, respondeu que era uma menina. Para alimentar o papo, afinal, as duas estavam desfilando com seus troféus, completou:
– O nome é Melyssa. Com “y”, para diferenciar daquela sandália de plástico, cafona e de mau gosto. Acho horrível. Nos meus pés, só calçado de couro legítimo. Mas, queria homenagear uma grande amiga dos tempos de colégio, que tem este nome e mora em Chapecó. Depois que me divorciei, Melyssa é minha companheira inseparável. Não saio de casa sem levá-la comigo. Muitas vezes, já tive que brigar porque não queriam deixá-la entrar em numa loja e, veja o absurdo, num restaurante. Num centro comercial, foi uma verdadeira guerra. Felizmente, já estão se conscientizando, acabando com a absurda proibição e abrindo as portas para o cão, o melhor amigo da gente.
Veja também:
Após romper com consórcio responsável por duplicação da Antônio Heil, governo estuda realizar nova licitação
Famoso nas redes sociais, prefeito de Colatina palestrará em Brusque
Justiça ordena que Prefeitura de Brusque realize o tombamento do Casarão Dom Joaquim
– À noite, não consigo dormir se Melyssa não vem para a cama me fazer companhia. Vai fazer dois anos e ainda não entrou no cio, mas o veterinário disse que não devo me preocupar. Gasto mais de um salário mínimo mensal com ela, mas é um dinheiro bem empregado. Se ela me faltar, não sei como vou viver. Acho que vou entrar em depressão. E o teu menino, como é o nome dele?
– Este é o Toddy, como o chocolate vitaminado em pó. Quando eu era criança, adorava um Toddy batido no liquidificador, com leite gelado. Era uma delícia. Agora, faço dieta e evito, mas achei que era um bom nome quando comprei ele pequeno, com dois meses de idade.
Agora, já está com dois anos e nunca me incomodou. Ele também dorme na minha cama todas noites. Costumo chamá-lo de Toddynho, porque é uma verdadeira fofura. Está sempre alegre e disposto a me fazer festa quando volto para casa. Porisso, não faço questão de gastar quase dois mil reais por mês no Pet Shop. É um dinheiro bem empregado. Agora, mesmo, estou indo comprar umas roupinhas para o Toddynho não passar frio no próximo inverno. Moro aqui perto e espero vê-la novamente para conversar sobre nossos cães. Adeus.
Veja também:
Rosemari Glatz, nova reitora da Unifebe, busca reequilibrar contas da instituição
Procurando imóveis? Encontre milhares de opções em Brusque e região
Reportagem especial: O pouco tempo de uma vida que mal começou