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Copa de Kung Fu tem brilho das crianças e traz para Brusque a cultura chinesa

Evento foi realizado na Arena Brusque neste sábado, 15

Um pedacinho da China e de sua vasta cultura pôde ser encontrado em Brusque entre a manhã e a tarde deste sábado, 15. A cidade foi o palco da primeira edição da Copa de Kung-Fu Garra de Águia Lily Lau de Santa Catarina.

Na Arena Brusque, atletas de diversos perfis e idades diferentes realizaram apresentações e lutas, tanto na modalidade de kung-fu quanto com o tai chi chuan e o sandá, também conhecido como boxe chinês.

Mas o evento foi muito além das lutas e apresentações. Em um clima de paz e respeito às tradições orientais, as famílias se reuniram e exaltaram as modalidades que pregam não apenas a prática do esporte, mas o respeito, a boa conduta e diversos valores morais importantes para o convívio em sociedade.

Já na abertura do evento foram executados os hinos do Brasil e da China. A Copa de Kung-Fu foi realizada pela escola de artes marciais Viva Bem, com apoio da Fundação Municipal de Esportes. Estiveram presentes, além de Brusque – que tem a primeira escola Garra de Águia da linhagem da grã-mestra Lily Lau – estiveram presentes atletas de Blumenau, Florianópolis, Balneário Camboriú e Itajaí.

A presença massiva de meninos e meninas, desde muito pequenos até adolescentes, foi o ponto alto da Copa de Kung-Fu. Brincando antes do início das competições, eles mostravam alegria no semblante, já que muitos, pela primeira vez, fariam demonstrações em um evento estadual.

De maneira educada, os jovens cumprimentavam os Sifu, como são conhecidos os mestres do kung fu. Quando se encontravam, realizavam o kin lai, que é um cumprimento utilizando a mão esquerda aberta por cima da mão direita fechada. A grande maioria dos jovens utilizava os uniformes completos para o kung fu, dando um charme especial e a uma sensação mais completa de que a competição exaltava as tradições chinesas.

Passo importante
Daniel Floriani, organizador do evento e professor na escola Viva Bem, explicou a ideia do evento.

“Foi uma iniciativa realizada para unir as escolas de kung-fu. Hoje prevaleceram as de estilo garra de águia, mas abrimos para todas as escolas. A ideia de fazer este evento partiu de muito tempo atrás, com nosso antigo professor Delamar Pereira, que hoje está na Itália, mas não pudemos realizar porque é um trabalho que exige muita dedicação e não se tem tanto incentivo. É tudo feito de coração e com muito voluntariado”.

Ele explica sobre a importância da arte marcial milenar. ”Com nosso projeto conseguimos ensinar bons valores, a parte marcial é rica e atinge desde a mais tenra idade. Podemos ensinar conduta moral e cívica, educando as crianças e mostrando aos adultos que é um ensinamento diferente. É um estilo que tem mais de mil anos, foi passando de geração em geração até chegar aos grãos-mestres que hoje nos inspiram”.

A primeira edição, conforme revela Daniel, é um ponto de partida para o desenvolvimento das práticas de kung fu e o universo de cultura e esporte que envolve a modalidade. “Esse é um passo importante dado pela escola Viva Bem. A família é muito unida e, depois de um trabalho de anos, finalmente conseguimos realizar este evento. A chance apareceu e enfim conseguimos reunir os amantes das artes marciais da região”.

Quem também celebrou a realização da Copa foi Marcos Giovani Cristóvão, Sifu que promove a prática do tai chi chuan em Itajaí.

“Hoje estas artes marciais são milenares, e é uma honra poder trazer isso aqui para a nossa região. Isso dá um controle físico e mental. Nossos alunos não lutam na rua, só fazem atividades em eventos e em salas de aula. Trabalhamos com eles para que sejam pessoas digna e homens de caráter. Eles serão grandes homens na nossa sociedade”.