Coronavírus: aulas nas creches de Brusque são suspensas
Reunião definiu a suspensão das aulas nos centros de educação infantil municipais por 30 dias
Reunião definiu a suspensão das aulas nos centros de educação infantil municipais por 30 dias
No início da tarde de terça-feira, 17, o governo do estado publicou decreto com as medidas de prevenção ao coronavírus em Santa Catarina. Entre as principais ações, está a suspensão das aulas em todo o território catarinense a partir de quinta-feira, 19, nas redes municipal, estadual e particular.
Segundo o texto do decreto, a suspensão abrange também a educação infantil, ou seja, as creches. Esta era a principal dúvida da Prefeitura de Brusque: a suspensão ou não das atividades das creches no município.
Após a publicação do decreto estadual, o comitê gestor da prefeitura se reuniu e decidiu acatar a determinação e também suspender as atividades em todos os centros de educação infantil da cidade por 30 dias. A medida afeta cerca de cinco mil crianças até cinco anos.
Segundo a secretária de Educação, Eliani Busnardo Buemo, neste período de suspensão das aulas, quinze dias será a título de antecipação do recesso escolar do mês de julho e a outra metade, será compensada em calendário suplementar a ser definido.
“Entendemos que o problema é de saúde pública. Deste modo, acompanhamos o decreto do governo do estado de Santa Catarina, que suspende todas as atividades. No nosso caso, da rede municipal, as creches e as escolas de ensino fundamental. Nós também entendemos que tudo o que se faz antes de uma pandemia parece exagero, mas o que se faz depois parece que foi pouco. Então, de forma bastante responsável vamos fazer isso nesse momento”, ressalta.
A medida vale a partir desta quinta-feira, 19, mas os estudantes terão as faltas abonadas em caso de não comparecimento na quarta-feira, 18.
A presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Rita Cássia Conti, afirma que esta situação é bastante nova e, por isso, ainda é difícil saber lidar com todos os acontecimentos.
“Nessa hora temos que usar o bom senso. Mas se é um decreto estadual, temos que obedecer”, diz.
Rita destaca que no momento se fala na possibilidade de fazer revezamento entre os pais ou responsáveis das crianças, para evitar que as empresas parem totalmente. “Essa talvez possa ser uma boa alternativa. Um dia o pai fica com a criança e a mãe trabalha, no outro ao contrário. Mas ainda não sabemos mesmo como proceder”.
A presidente da Acibr também tem dúvidas sobre a possibilidade de descontar os dias em casa dos trabalhadores das férias. “Vamos ter que nos adequar rapidamente. Temos que ver como fica a questão do trabalhador e como fica futuramente a questão econômica”.
De acordo com ela, as medidas preventivas que estão sendo tomadas são fundamentais para evitar problemas maiores no futuro.
“Tudo que estamos fazendo é em respeito a vida das pessoas. Tudo muda muito rápido, acredito que o governo está correto em suspender as aulas, sou favorável à prevenção. Existe uma tendência forte de parar nossos negócios e nós, como lideranças, temos que prever e buscar respostas do governo”.