Corpo clínico quer a permanência da atual gestão do Hospital Azambuja
Em carta enviada à imprensa, médicos defendem modelo de gestão da Prefeitura de Brusque
O corpo clínico do Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux, o Azambuja, encaminhou nota à imprensa informando ser contra a retomada da gestão do hospital pela Arquidiocese. O documento é assinado pelo atual diretor clínico, Fernando Machado. O decreto de intervenção feito pela Prefeitura de Brusque expira em 31 de dezembro deste ano, e a Arquidiocese já manifestou desejo em retomar a administração.
A carta, enviada em nome de todos os médicos do Azambuja, postula que a atual administração proporcionou melhorias no sistema administrativo da instituição. Segundo o documento, a decisão dos médicos de se manifestar publicamente contra uma possível retomada da gestão pela Mitra Arquidiocesana surgiu após reunião realizada no dia 13 deste mês.
O corpo clínico cita a reorganização do sistema administrativo, assim como dos setores de nutrição e refeitório, como as principais melhorias. No documento, o diretor clínico relata que “baseado na experiência diária, o corpo clínico reconhece na atual equipe administrativa uma postura moderna, pró-ativa e comprometida com o desenvolvimento do hospital”.
Para os médicos, independente de qual seja o desfecho do impasse que existe entre a Prefeitura de Brusque e Arquidiocese, o posicionamento é contrário ao retorno da equipe administrativa anterior ao decreto de intervenção. “Percebemos que essa é condição necessária para a continuidade do trabalho que leva a perspectivas positivas para esta instituição e para a comunidade brusquense”, diz a nota. O diretor clínico Fernando Machado foi procurado pela reportagem para comentar a carta, no entanto, estava em atendimento ontem durante todo o dia e não pôde atender o MDD.
Futuro do Azambuja ainda é incerto
O atual administrador do hospital, Fabiano Amorim, afirma que o posicionamento do corpo clínico reflete uma visão interna dos funcionários. “Eles conhecem o dia a dia do hospital, sabem o que realmente acontece, e eles conseguem fazer um diagnóstico e mostrar à população a realidade”, disse.
Para o antigo diretor técnico do hospital, Antônio Carlos Pucci de Oliveira, a opinião retratada na carta não reflete o posicionamento da maior parte dos médicos. “Na verdade não foram todos, a maioria não é a favor de manifestações deste tipo. Eles (os médicos) têm que trabalhar, independente de quem seja o diretor ou não. Na época, o corpo clinico não queria a intervenção”, disse.
>> Confira reportagem completa na edição do Jornal Município Dia a Dia de quinta-feira, 21 de novembro