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Corpo de Bombeiros de Brusque amplia equipe de mergulho

Em junho, o soldado Geovani Kremer Besen se formou em curso considerado de alto nível, em Itajaí

O Corpo de Bombeiros de Brusque tem mais um mergulhador em sua equipe. Agora, a 3ª Companhia conta com sete profissionais autônomos: seis homens e uma mulher. Para o comandante, tenente Hugo Manfrin Dalossi, o número é considerado suficiente, pois assim, são em média duas pessoas por guarnição.

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Em uma ocorrência que necessite de mergulho, é necessário ter, no mínimo, uma dupla de profissionais, sendo que um mergulha e outro permanece na superfície. “Essa é uma medida de segurança, pois se ocorrer algum problema, o outro está pronto para intervir, pois é sempre uma operação de alto risco”.

No fim de junho, o soldado Geovani Kremer Besen, que já atua em Brusque desde 2013, se formou no Curso de Mergulho Autônomo (CMAut), que foi realizado em Itajaí. O curso é considerado um dos mais difíceis do Corpo de Bombeiros. O soldado conta que desde que entrou na corporação, sentiu vontade de realizar o treinamento.

O soldado Geovani Kremer Besen, que atua em Brusque há 3 anos, foi um dos concluintes do curso / Foto: Corpo de Bombeiros / Divulgação

Kremer relata que durante o curso de formação de soldados, a função de mergulhador não é ensinada, pois é uma atividade específica e nem todos os alunos têm afinidade. “O conhecimento nessa atividade é muito importante, seria muito bom se todos os bombeiros fizessem este curso”, afirma.

O curso de mergulho é oferecido pela corporação, com cerca de 40 dias de duração. Neste treinamento, 20 bombeiros do estado se formaram após 160 horas/aula. Foram aulas teóricas realizadas na sede da unidade de Itajaí e na sala de aula do colégio Nereu Ramos, além de práticas realizadas na piscina e no tanque de treinamento do quartel de Itajaí, e em rios e mares do Litoral Norte. “A inscrição no curso é voluntária, por isso, realmente só se formam profissionais que desejam mesmo se tornarem mergulhadores”, acrescenta Manfrin.

O comandante ressalta que ainda é baixo o número de bombeiros que se voluntariam para serem mergulhadores, pois é um curso bastante difícil, que exige um forte preparo na parte física e psicológica.

O soldado Kremer diz que o curso exigiu superação a cada dia, com muitas provas que precisavam de muita calma. Além disso, é bastante cansativo, pois é preciso carregar todo o equipamento e ficar muito tempo na água. “Muitas vezes pensei que não conseguiria, mas focava no que tinha que fazer, treinava e conseguia. Por ser um curso que queria fazer há um certo tempo, não pensava em desistir. Sempre pensava que uma hora ia acabar, pois queria muito chegar ao final com sucesso”.

O que mais dificultou para o bombeiro, foi o intenso frio do mês de junho, já que os alunos ficavam na água fria desde as 8h e, às vezes, à noite. “O curso nos dá um ensinamento muito bom não só para a atividade de bombeiros, mas também conhecimento para a vida, vale muito a pena”, afirma.