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Corpo de Bombeiros enfrenta dificuldades na região

Corporação pretende aumentar estrutura e ampliar atendimento, mas entraves burocráticos atrasam mudanças

Falta de recurso financeiro e entraves judiciais estão impossibilitando que o Corpo de Bombeiros expanda as suas atividades na região. Em Guabiruba, o terreno em que os bombeiros pretendem se instalar está envolvido em uma investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), enquanto que em Botuverá falta verba para a construção de uma base para o serviço de emergências no município.

O tenente Hugo Manfrin Dalossi, comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Brusque, destaca que em maio deste ano foi inaugurada uma Seção de Atividades Técnicas (SAT) em Botuverá. Isso, diz ele, possibilitou que a população pudesse solicitar vistorias e outros serviços administrativos com mais facilidade. Além disso, um convênio com o estado possibilitou que o dinheiro arrecadado com taxas fique no município – num fundo de manutenção dos bombeiros.

“Esse dinheiro é usado para a manutenção, mas também se está sendo feito uma reserva. Quem sabe, no futuro, seja possível pagar parte do valor da construção com este dinheiro”, diz Manfrin. Por enquanto, ele afirma que não há possibilidade de haver uma ambulância e um setor de emergência na cidade. Um dos maiores problemas para isso é o baixo efetivo da corporação. No entanto, ele também minimiza os problemas em não ter uma base em Botuverá.

O comandante destaca que a instalação de bombeiros comunitários ou voluntários está completamente descartada. Até porque mesmo que houvesse esta intenção, seria necessário o envio de militares para Botuverá, o que não é possível. “Os comunitários trabalham como auxiliares dos bombeiros militares. Para eles poderem atuar, teria de haver militares por lá”, explica.

O prefeito de Botuverá, José Luiz Colombi, o Nene, diz que o município possui um terreno que pretende doar para os bombeiros construírem a sua sede. A principal razão para demanda, diz Nene, é o tempo que se leva para as ambulâncias atenderam ocorrências na cidade. Segundo Manfrin, o tempo-resposta varia de 20 a 25 minutos. “O quartel atenderia também o bairro Dom Joaquim, em Brusque, que fica distante e mais perto de Botuverá”, explica o prefeito.

Guabiruba

Em Guabiruba, a situação é um pouco mais complicada. O terreno que a prefeitura pretende dividir e doar parte para o Corpo de Bombeiros está sob investigação do MP-SC. A Justiça suspeita que tenha havido favorecimento na desapropriação do imóvel.

O prefeito do município, Matias Kohler, afirma que até agora a prefeitura não foi notificada sobre um posicionamento do judiciário. “De acordo com a assessoria jurídica, está tudo concluso. Esperamos resolver tudo até o final do ano, porque o município também tem interesse na área”, diz.

O comandante dos bombeiros afirma que vai esperar a definição para então pensar na transferência do quartel, que funciona em uma casa alugada desde 2002, para a sede própria.