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Correios encontram dificuldades para implementar melhorias em Brusque

Por dia, são entregues uma média de 18 mil correspondências simples e 2800 correspondências registradas. A tarefa é feita por 32 carteiros

A Prefeitura de Brusque e os Correios são parceiros na busca por ações de melhorias no sistema de entrega de correspondências. O acordo foi firmado em abril de 2013 e a primeira iniciativa do poder público é a implantação de placas com o nome em todas as ruas. Ainda falta um projeto de reavaliação do perímetro urbano da cidade no Plano Diretor, levando em consideração o crescimento nos últimos anos. O geoprocessamento irá dar a noção exata das características de cada terreno de Brusque e subsídio para os Correios estabelecerem as áreas de cobertura.
O diretor do Instituto Brusquense de Planejamento (Ibplan), Laureci Serpa Júnior, diz que todas as ruas de Brusque, onde houve solicitação, estão com placas. Ele diz que o Ibplan está começando a substituir as antigas pelas novas. Até o final de outubro, serão colocadas 400 placas novas no Maluche. Depois, serão colocadas na rua Primeiro de Maio e, em seguida, no Santa Cruz. 
Já, a gerente do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Brusque, Sebastiana Assink, afirma que, não se pode dizer que a colocação de placas esteja totalmente resolvida. “No caso de endereços ainda não contemplados para a entrega domiciliar dos Correios, deve-se exigir dos órgãos públicos a oficialização de logradouros”, diz. As dificuldades ainda são as mesmas: ruas sem placas, numeração irregular e placas trocadas.
Dificuldades
Sebastiana diz que até agora não houve adequação nos endereços. “É de extrema importância para o trabalho dos Correios que a numeração dos imóveis seja oficial, definida pelas prefeituras”, afirma. Os imóveis devem apresentar numeração de forma ordenada e individualizada, além de dispor de caixa de correspondência, localizada na entrada. Caso contrário, é preciso ter um responsável pelo recebimento no endereço de entrega.
Serpa afirma que a numeração depende do geoprocessamento, que está em fase de licitação e pode demorar cerca de um ano e meio para ser realizado. O procedimento inclui fotos aéreas do município para refazer o cadastramento imobiliário de todas as residências. “É um trabalho longo e todas as casas serão visitadas para que seja feita uma nova carta do município “, diz o diretor do Ibplan.
Ele conta que o geoprocessamento será importante não só para o trabalho dos Correios, mas para o planejamento de políticas públicas e atuação da Defesa Civil. A partir desses dados, o perímetro urbano de Brusque poderá ser ampliado incluindo bairros que perderam características rurais e permanecem com essa definição.
Outra constatação de Sebastiana é que os moradores não têm claro onde termina uma rua e começa outra, apesar dos carteiros saberem essa diferença. Isso acontece em locais como rua Dorval Luz e Itajaí; Max Furbringer, do Cedro e Botuverá; Blumenau e rodovia Ivo silveira.

Transtornos
Tiago Nascimento da Silva diz que é comum as pessoas pararem na loja de móveis em que trabalha para pedir informações. A empresa está localizada no início da rua Itajaí, onde tem placa de identificação. Mas, há um trecho anterior em que não se vê indicação. “As pessoas chegam aqui pensando que ainda é a Dorval Luz. Geralmente quem está procurando o loteamento Ema II”, diz. 
Naquela região, a rua LM 12 recebeu nova placa com o nome de Maria da Silva, uma reivindicação da comunidade à Câmara de Vereadores. A moradora Laide Fogaça de Oliveira ainda tem a placa com o nome antigo no portão de casa. “Ainda está vindo no endereço de LM 12. Sempre o carteiro entrega”, diz. 
Serpa diz que os moradores devem atualizar o endereço de todas as ruas que mudaram de nome. A partir do momento que a reivindicação foi aprovada, passa a ser oficial. O Ibplan coloca no cadastro da prefeitura, os Correios são comunicados e é feito o emplacamento.
Implantação de agências comunitárias
Serpa diz que no documento protocolado da última conversa formal dentre Ibplan e Correios, o órgão orientou a prefeitura a esperar até meados de outubro para iniciar a implantação das agências comunitárias. Isso porque os Correios está incluindo algumas ruas em sua cobertura. A instalação da agência comunitária faz parte do plano de universalização do atendimento dos serviços postais básicos dos Correios, definido pelo governo federal. 
Trata-se de uma agência que centraliza as atividades em um único local, para que comunidades com mais de 500 pessoas sejam atendidas. As unidades devem ser instaladas no Cedro Alto, Volta Grande e Nova Itália.