Corte de funcionários no HSBC preocupa sindicato dos bancários de Brusque
Em Brusque, Guabiruba e Tijucas, a instituição financeira emprega 25 funcionários
O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Brusque e Região (Seeb) teme qual será o futuro dos 25 funcionários do HSBC que trabalham nas agências de Brusque, Guabiruba e Tijucas – base do sindicato – com a venda da instituição financeira. No início do mês passado, a HSBC Holding anunciou que irá vender as operações no Brasil e na Turquia como parte de um plano de reestruturação.
“Sempre tem este temor de perder o emprego, não só os funcionários do HSBC, mas também do banco que compra. Já que, às vezes, ele vão tomar o espaço de uma pessoa dessa agência que adquire. Então existe o temor dos dois lados”, afirma o presidente do Sieeb, Mário Luiz Dada.
Desde o anúncio oficial da intenção de venda do HSBC, feito após reunião da cúpula, em Londres (Reino Unido), várias notícias e especulações circulam no mercado financeiro, o que, por si só, resulta em mais desinformação, uma vez que o banco não emite comunicado oficial sobre o que é fato ou não. A negociação é mantida em sigilo e nem os funcionários nem os sindicalistas sabem que fim terá.
A agência de Brusque, procurada pela reportagem, diz que não está autorizada a falar sobre o assunto, informação reiterada por Dada: “Nem a direção do banco sabe explicar o que vai acontecer. O que sabemos é que o Bradesco e Santander estão interessados em comprar o banco, o que todos já sabem pela imprensa”, afirma o presidente.
Quando anunciou em 9 de junho a intenção de vender a matriz brasileira, o HSBC afirmou em comunicado que tem a expectativa de economizar de 4,5 a 5 bilhões de dólares. “Há expectativa de que a Ásia tenha elevado crescimento e se torne o centro do comércio mundial na próxima década. Estou confiante de que nossas ações vão nos permitir acompanhar as oportunidades de crescimento e dar mais retorno para os acionistas”, disse, em nota, o presidente executivo do banco, Stuart Gulliver.
A expetativa é que somente no Brasil e Turquia mais de 25 mil empregos sejam cortados, o que acende o sinal de alerta nas entidades sindicais, que terão o papel de defender os direitos dos trabalhadores nas prováveis demissões que ocorrerão. Dada – que também é diretor financeiro da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Santa Catarina (Feeb-SC) – afirma que está em contato com as instâncias superiores do sindicalismo para verificar esta situação. “Estamos ligados direto à federação nacional e também com a federação estadual da categoria acompanhando a situação”, diz.