Covid-19: apesar de homens serem vítimas fatais, mulheres são maioria entre casos em Guabiruba
Faixa etária com maior número de contaminados fica entre 20 e 49 anos
Faixa etária com maior número de contaminados fica entre 20 e 49 anos
Entre todos os 445 casos de Covid-19 confirmados em Guabiruba até a última terça-feira, 4, 235 são mulheres e 210, homens. O dado é parte de um levantamento detalhado feito pela Secretaria de Saúde do município para compreender melhor o comportamento da doença na cidade.
Embora as quatro mortes registradas em Guabiruba sejam de homens acima de 60 anos com comorbidades, a faixa etária com maior número de contaminação em Guabiruba fica entre 20 e 49 anos.
A secretária de Saúde, Patrícia Heiderscheidt, acredita que o motivo seja o fato de ser o grupo mais ativo da população. “As crianças estão sem aulas presenciais e os idosos estão mais em casa”, avalia. “Entre 20 e 49 anos está o grupo mais economicamente ativo, que sai para trabalhar e muitas vezes quem assume algumas responsabilidades na casa como ir ao mercado, por exemplo, são as mulheres”, complementa.
Desde meados de março – início das medidas de combate à pandemia em Guabiruba – até o dia 3 de agosto, foram realizados 1.729 testes, número que aumenta todo dia. Desses, 860 foram testes rápidos e 869 foram PCR, que coleta material do nariz e garganta.
Somente com os PCR, a Prefeitura de Guabiruba já investiu mais de R$ 156 mil. O valor irá aumentar, já que esse gasto não é fixo e sim conforme a demanda. Esse recurso é oriundo de valores repassados pelo Ministério da Saúde ao município para o combate à Covid-19 além do Fundo Municipal da Saúde. “Nós decidimos contratar laboratório particular para os nossos exames porque o resultado sai mais rápido”, explica Patrícia.
A contratação foi feita via Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Vale do Itajaí (CISAMVI). O Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen) tem demorado em média 15 dias para entregar os resultados. A Saúde de Guabiruba optou por não correr esse risco.
Desde a abertura do Centro de Triagem, no dia 16 de julho, aumentou o número de testes, o que já era esperado. Até o meio-dia desta terça-feira, 4, 719 pessoas passaram pelo local. Três dias depois do início dos trabalhos, a Secretaria de Saúde precisou contratar mais um médico e ampliar horário de atendimento.
O dia com mais atendimentos foi 27 de julho, com 92 e o com menos foi dia 31, com 37. Na média, entre 50 e 70 pessoas passam pelo Centro de Triagem diariamente. A responsável pela Vigilância Epidemiológica de Guabiruba, Ana Lúcia Tolentino, esclarece que somente pessoas com sintomas devem ir até lá.
“Muita gente sem sintomas tem procurado o Centro de Triagem. É uma exposição desnecessária que coloca todos em risco”, ressalta.
O atendimento segue todos os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. O local não é um centro para exames, mas para avaliação médica. “As coletas para os testes não podem ser feitas no primeiro dia de sintomas. O resultado não vai ser correto”, explica Ana Lúcia. Por isso, é fundamental que o paciente saiba a data exata em que eles apareceram. Quem define sobre a necessidade ou não de exames é o médico após avaliação.
O isolamento social e outras medidas como a higienização e o uso de máscara são ainda as principais formas de combate ao coronavírus. Até a última terça-feira, 4, a Secretaria de Saúde de Guabiruba recebeu a doação de 32,8 mil máscaras que foram todas repassadas à população. Todas as unidades de saúde ainda têm o item disponível para doação.
“É muito importante que as pessoas se cuidem, respeitem as medidas. Festas e aglomerações, mesmo que seja em casa, só contribuem para o aumento dos casos”, alerta Patrícia. “Cada um precisa fazer sua parte”, completa.