Covid-19: após tomar vacina, quanto tempo ficamos imunes? Veja explicação de infectologista
Ricardo Freitas explica que a vacina não é garantia de que a pessoa não irá se contaminar pelo vírus
O médico infectologista da Prefeitura de Brusque, Ricardo Freitas, falou nesta sexta-feira, 16, no programa O Município Ao Vivo, sobre o período de imunidade após a vacinação da Covid-19.
Questionado por leitores de O Município, Freitas afirma que a pessoa está, em teoria, plenamente vacinada após um mês da aplicação da segunda dose da vacina.
“O que sabemos é que a nossa imunidade acontece de 15 a 28 dias depois da segunda dose. Para arredondar, 30 dias depois da segunda aplicação a pessoa está plenamente vacinada”, diz.
Segundo Freitas, os laboratórios AstraZeneca e Sinovac, produtores de vacinas contra a doença, dizem que dificilmente a pessoa vacinada e posteriormente infectada será internada.
Porém, ainda de acordo com o infectologista, isso não significa que a pessoa não irá se contaminar pela doença. “O vírus no corpo seria ‘mais leve’, pois a pessoa já teria um organismo mais preparado para enfrentar a doença”, diz.
Ele, porém, diz que os resultados das eficácias das vacinas são satisfatórios. “Todos os trabalhos foram unânimes em dizer que a pessoa completamente vacinada não deveria ir para UTI. Isso é muito bom para nós”, afirma.
Vacinação todo ano?
Ricardo Freitas foi questionado também sobre a possibilidade da vacinação contra a Covid-19 ocorrer em todos os anos.
Apesar de não trazer precisão na resposta, por ser algo ainda recente, ele diz que, com todos imunizados, será dispensado o uso de máscara e outras atividades proibidas por causa da pandemia serão liberadas.
“A periodicidade da vacina ainda é uma incógnita. Ainda não sabemos se será uma vez na vida, uma vez a cada ano ou a cada dois anos. Isso ainda está sendo estudado”, diz.
Na entrevista o infectologista citou também o exemplo de Israel, que já vacinou toda a população e também dispensou a obrigatoriedade do uso de máscara.
“Teremos que acompanhar como isso funciona nos outros países e no nosso também. Para saber se as pessoas vão se recontaminar ou não”, finaliza.
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