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Covid-19: Entrave jurídico atrasa implantação do ambulatório para recuperados em Brusque

Comusa levantou dúvidas acerca da legalidade de firmar convênio em período eleitoral

O Conselho Municipal de Saúde (Comusa) está analisando o projeto de implantação do Centro de Tratamento para recuperados da Covid-19 no Hospital e Maternidade Dom Joaquim, em Brusque. Em reunião realizada nesta quarta-feira, 14, o conselho questionou a possibilidade de firmar convênio em ano eleitoral.

Segundo o presidente do Comusa, Júlio Gevaerd, a prefeitura não pode firmar convênios durante o ano eleitoral. Para não causar problemas futuros, o conselho optou por consultar a Procuradoria-geral do município.

Uma reunião foi realizada com a pasta nesta quinta-feira, 15, para tirar as dúvidas quanto às questões jurídicas. Gevaerd diz que os pontos serão discutido novamente em reunião do Comusa nesta semana.

Caso não encontrem soluções, o projeto ficará parado. Seria apenas uma postergação da data de liberação da verba. “Isso não quer dizer que não há possibilidade”, reforça o presidente do Comusa. O dinheiro foi repassado ao município pelo governo federal.

O entrave ocorre porque o Hospital Dom Joaquim não tem convênio deste tipo firmado com a Secretaria de Saúde do município.

Administrador do Hospital Dom Joaquim diz estar frustrado

O administrador do Hospital Dom Joaquim, Raul Civinski de Souza, diz estar frustrado com a demora na liberação das verbas para a implantação do ambulatório.

Ele diz que já tinha acertado os pontos para o início do serviço, apenas aguardava a liberação da verba. O hospital já havia contatado profissionais que atuariam no espaço.

Agora, o administrador não sabe se eles ainda estarão disponíveis. Civinski esclarece que é possível que todos ainda aceitem, mas caso não, será preciso encontrar outros. Com relação aos materiais e equipamentos, alguns precisam ser adquiridos e outros a instituição já tem.

Centro de tratamento pós-infecção da Covid-19

O objetivo do centro de tratamento no Hospital e Maternidade Dom Joaquim é atender pacientes com sintomas persistentes pós-infecção aguda pela Covid-19, como dificuldade para respirar, fácil cansaço, dores musculares, fraqueza, alterações cardíacas e de humor, e depressão.

Muitos pacientes já são considerados curados do novo coronavírus, porém uma parcela deles continua apresentando dificuldades e sequelas causadas pela doença. Como o Dom Joaquim não atende pacientes com a Covid-19, surgiu a ideia de criar o centro para atender esta demanda.

O serviço terá equipe de saúde envolvendo várias especialidades com pneumologista, cardiologista, cirurgião vascular, clínico geral, equipe de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos e educadores físicos.

A intenção era inaugurar o espaço em setembro, para atender a população até janeiro de 2021. No entanto, o projeto foi adiado pelo entrave jurídico.

Hospital Azambuja

Em reunião realizada nesta quarta-feira, 14, o Comusa deliberou os termos repassados ao Hospital Azambuja provenientes das emendas parlamentares. Cada um tem uma finalidade específica, como compra de remédios, de equipamentos, para os leitos de UTI direcionados à Covid-19. Segundo Gevaerd, agora cabe ao hospital fazer a prestação de contas.