Covid-19: Governador de Santa Catarina confirma 29 óbitos e rebate vice-governadora
Carlos Moises disse que posição de Daniela Reinehr é 'lamentável' e que contratação de hospital em Itajaí tem lisura
Segundo atualização da Secretaria de Estado da Saúde nesta quarta-feira, 15, Santa Catarina tem 884 casos confirmados de coronavírus (Covid-19). Além disso, o estado soma 29 óbitos pela doença.
Atualmente, 98 pacientes ocupam leitos de UTI no estado, sendo 41 suspeitos e 57 confirmados. Do total, 63 estão utilizando ventilação mecânica. Em recuperação, o estado soma 111 pacientes que deixaram a UTI e estão internados em enfermaria.
A Secretaria informa ainda que mais de 4,5 mil testes já foram negativados e 411 estão em análise.
Ao todo, 84 municípios têm casos confirmados. A lista é puxada por Florianópolis (215), Joinville (71), Blumenau (70), Balneário Camboriú (60) e Camboriú (47).
Em coletiva de imprensa, o governador Carlos Moisés da Silva condenou um suposto oportunismo durante a crise. “Em princípio, será de longa duração tanto a crise instalada na área econômica como também na área da saúde. Nós precisamos estar juntos. Não utilizar este momento para uso político. É uma irresponsabilidade fazer isso”, disse Moisés.
A declaração foi dada após uma avalanche de questionamentos em relação ao hospital de campanha em Itajaí. Na tarde desta quarta, secretários de Estado participaram de sessão da Assembleia Legislativa para falar sobre o assunto. Durante a reunião, os parlamentares questionaram os valores e as decisões do governo.
Além disso, Moisés respondeu a uma fala da vice-governadora, Daniela Reinehr, de que o Executivo estadual deveria mudar o foco e assumir o modelo de hospital de campanha realizado pelo governo federal em Goiás.
“É lamentável esse tipo de posicionamento de uma pessoa que detém um alto cargo do poder executivo estadual. Penso que é uma declaração não responsável por quem tem acesso às informações do poder público”, afirmou. “O processo tem lisura e está sendo encaminhado da melhor forma possível”, acrescentou.
Segundo o governo, a comparação com a unidade goiana não é justa, porque a contratação do estado inclui serviços 24 horas, segurança, limpeza, faxina, equipamentos, que não estão previstos no orçamento inicial deste outro hospital.