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Covid-19: governo de SC confirma a transmissão comunitária da variante Ômicron

Casos se concentram na região da Grande Florianópolis

Nesta quinta-feira, 30, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou a transmissão comunitária da variante Ômicron da Covid-19 em Santa Catarina. A informação veio através da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV). Os casos foram identificados pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (LACEN/SC), e confirmados pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ).

Dos 58 casos identificados pelo LACEN/SC, 35 foram confirmados e 23 ainda aguardam sequenciamento pela FIOCRUZ/RJ. Além desses, o Laboratório de Bioinformática da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) identificou mais três casos da variante Ômicron via sequenciamento genômico, dois no município de Joinville e um em Florianópolis .

Considerando que o estado já tinha confirmado 3 casos até o dia 27 de dezembro, Santa Catarina confirma o total de 41 casos da variante Ômicron. Um deles é de residente do município de Maringá/PR e 40 residentes em Santa Catarina, nos seguintes municípios: Balneário Camboriú (1), Biguaçu (2), Camboriú (1), Florianópolis (29), Jaraguá do Sul (1), Palhoça (2), Santo Amaro da Imperatriz (1), São Francisco do Sul (1) e São José (2).

Em relação aos casos que estão sendo avaliados pelo LACEN/SC, além dos 23 casos que aguardam sequenciamento pela Fiocruz/RJ, outros 129 casos foram identificados, elevando o número de casos sugestivos da variante Ômicron para 152. Os casos novos serão encaminhados para FIOCRUZ/RJ para realização de sequenciamento.

O diretor da DIVE/SC, João Augusto Brancher Fuck, alerta para que a população reforce os cuidados sanitários básicos para evitar a transmissão da Covid-19. “O esquema vacinal contra a Covid-19 deve ser concluído por todos os catarinenses aptos a receber as doses. O uso de máscaras, manter os ambientes ventilados, lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizar álcool gel 70%, são medidas que ajudam na prevenção para evitar a disseminação do vírus, além de evitar aglomerações”, enfatiza o diretor.

As vacinas disponíveis no Sistema de Único Saúde (SUS) se mostram eficazes contra a variante Ômicron, principalmente quando os esquemas vacinais estão completos. É importante que as pessoas concluam o esquema com dose única ou duas doses da vacina, bem como a dose de reforço após a conclusão do esquema primário. Portanto, a melhor forma de proteção contra a variante Ômicron é a vacina, além do uso de máscaras, lavar as mãos com frequência, manter ambientes ventilados e evitar aglomerações.

Transmissão comunitária

A confirmação da transmissão comunitária ocorre quando, a partir dos resultados da investigação epidemiológica, não é possível identificar a origem da infecção. Isso indica que a variante está circulando em Santa Catarina, e a transmissão ocorre independentemente das pessoas terem viajado ou terem tido contato com outras pessoas que viajaram recentemente para locais fora do Estado com transmissão da variante Ômicron.

Variante Ômicron

A variante Ômicron foi detectada pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD) em 25 de novembro de 2021 a partir de amostras retiradas de um laboratório cerca de dez dias antes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), já se sabe que a Ômicron é uma variante altamente transmissível e com grande número de mutações. Sinais e sintomas mais comuns: cansaço extremo, dores pelo corpo, dor de cabeça e dor de garganta.

O superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário alerta para o aumento repentino no número de casos confirmados de Covid-19 nas próximas semanas, a partir da confirmação da transmissão comunitária da variante Ômicron no Estado. “A variante Ômicron tem uma capacidade de ser transmitida com maior facilidade em relação às variantes já conhecidas, mas as vacinas em uso no Brasil são capazes de proteger contra as formas graves, hospitalizações e mortes pelo coronavírus. Já para aquelas pessoas que não se vacinaram, ou não completaram o esquema vacinal, com a segunda dose e dose de reforço, o risco de desenvolvimento de formas graves da Covid-19 permanece elevado. Além disso, uma explosão de casos pode provocar uma busca acelerada às unidades de saúde, que precisam estar preparadas para atender a demanda”, salienta Macário.


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