Covid-19: hospital de Brusque participará de estudo nacional sobre a eficácia da hidroxicloroquina
Imigrantes Hospital e Maternidade está entre os 60 do país que participarão da Coalizão Covid Brasil
O Imigrantes Hospital e Maternidade é um dos hospitais do Brasil que fazem parte da Coalizão Covid Brasil, que realizará um estudo sobre a eficácia da hidroxicloroquina em pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.
A iniciativa é uma parceria entre o Hospital Israelita Albert Einstein, HCor, Hospital Sírio Libanês, Hospital Moinhos de Vento, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Beneficiência Portuguesa de São Paulo, Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (Bricnet) e Ministério da Saúde.
O estudo terá a participação de 40 a 60 hospitais de todo o Brasil e, entre eles, está o hospital de Brusque. O médico intensivista Márcio Martins é o coordenador da pesquisa no município.
De acordo com ele, a pesquisa tem por objetivo identificar a eficácia e segurança da hidroxicloroquina sozinha ou associada a outro medicamento no tratamento de pacientes com a Covid-19.
O médico ainda não tem muitos detalhes de como funcionará o estudo no município. “Estou aguardando as orientações para saber como devemos proceder”.
Entretanto, o primeiro passo para que o hospital seja liberado para participar da pesquisa é cumprir alguns trâmites burocráticos. Só então é que o médico será informado de qual fase do estudo o hospital de Brusque participará.
A pesquisa tem três fases. A primeira, denominada de Coalizão I, envolverá pacientes de menor gravidade internados por Covid-19. Nestes pacientes será avaliado se a hidroxicloroquina é eficaz em melhorar o quadro respiratório. Também será avaliado se adicionar o medicamento azitromicina, que pode potencializar a ação da hidroxicloroquina, terá efeito benéfico adicional. Nesta etapa serão incluídos 630 pacientes.
Na segunda fase, chamada de Coalizão II, envolverá casos mais graves, que necessitam de maior suporte respiratório. Nesta, todos os pacientes receberão o medicamento hidroxicloroquina, com o objetivo de verificar se a azitromicina tem efeito benéfico adicional, com potencial de melhorar os problemas respiratórios causados pelo novo coronavírus. Na fase 2 serão testados 440 pacientes.
Já a última fase do estudo, a Coalizão III, avaliará a efetividade da dexametasona, uma medicação com ação anti-inflamatória, para pacientes com insuficiência respiratória grave, que necessitam de suporte de aparelhos (ventilador mecânico) para respirar. Nesta pesquisa serão incluídos 284 pacientes.
“O estudo é importante para responder se nós, médicos, podemos utilizar o medicamento e para saber a veracidade, se é seguro inserir no tratamento e é possível evitar mortes”, destaca Martins.