Covid-19: pesquisa mostra que 87,5% das empresas catarinenses já retornaram às atividades

Levantamento da Fiesc, Fecomércio e Sebrae ouviu 1,6 mil negócios entre 6 e 12 de julho

Covid-19: pesquisa mostra que 87,5% das empresas catarinenses já retornaram às atividades

Levantamento da Fiesc, Fecomércio e Sebrae ouviu 1,6 mil negócios entre 6 e 12 de julho

A quarta edição da pesquisa Impacto do Coronavírus nos Negócios de Santa Catarina, realizada pela Fiesc, Fecomércio e Sebrae, mostra que 87,5% das empresas participantes já retornaram, com adaptações, às atividades no estado.

O levantamento mostra o retorno das atividades econômicas em Santa Catarina, ainda que em maneira desigual, já que o micro e pequeno negócio apresentam as maiores dificuldades de adaptar suas atividades às restrições sanitárias.

De acordo com a pesquisa, 77,5% das MEIs estão ativas no estado, enquanto que 99,3% das grandes empresas estão em funcionamento.

O levantamento também mostra que, pela primeira vez desde o início da pandemia, o número de empresas que tiveram redução no quadro de funcionários caiu. Na edição anterior da pesquisa, o percentual de empresas que demitiu colaboradores era de 47,4%, agora, o número está em 36,9%.

O percentual de empresas que ampliaram seu quadro de funcionários cresceu consideravelmente entre uma pesquisa e outra. Na anterior, apenas 1,6% informaram que contratam mais funcionários durante a pandemia. Agora, o percentual já chega a 10,1%.
A utilização da Medida Provisória 936, que prevê algumas mudanças nos contratos de trabalho é maior na indústria.

De acordo com o levantamento, a indústria catarinense já suspendeu temporariamente 110,7 mil contratos de trabalho, enquanto que no setor de serviços foram 73,9 mil e no comércio 45,6 contratos suspensos.

Com relação à redução proporcional de jornada de trabalho e de salário, foram 191 mil adesões na indústria, 135,5 mil no setor de serviços e 42,4 mil no comércio.

A pesquisa também aponta o valor acumulado das perdas nos negócios catarinenses. De 17 de março até junho, a pandemia gerou um prejuízo de R$ 36,7 bilhões às empresas de Santa Catarina, sendo R$ 15,3 bilhões no comércio, R$ 12,8 bilhões no setor de serviços e R$ 8,6 bilhões na indústria.

Acesso ao crédito

As empresas de Santa Catarina têm buscado acesso ao crédito para tentar atravessar este momento difícil. Segundo a pesquisa, em julho, 16,6% das empresas consultadas conseguiram empréstimo. Outras 28,5% estão buscando capital, mas não têm conseguido acesso.

O levantamento mostra ainda que 18,9% das empresas catarinenses estão em busca de crédito para poder realizar novos investimentos e projetos.

“Os dados sinalizam a volta do otimismo, que se confirma em outros estudos que realizamos, os quais mostram que abril foi o pior mês do ano para a economia catarinense. O fato de um em cada cinco empresários buscar recursos para novos projetos mostra a disposição de investir e isso é um dos aspectos mais importantes para que a retomada do crescimento seja sustentável”, destaca Mario Cezar Aguiar, presidente da Fiesc.

A presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Rita Cassia Conti também avalia como importante a confiança do empresariado para o início da retomada econômica em Santa Catarina. A empresária lembra que vários estados do país estão retornando agora, gerando negócios para as empresas catarinenses.

“Existe uma demanda grande dos outros estados voltados para Santa Catarina. Só não estamos melhor em função da pandemia que se agravou aqui, mesmo assim, as empresas estão otimistas, se adequando, fazendo protocolos internos para atravessar esse momento. Santa Catarina é um estado multisetorial, o que contribuiu ainda mais para a melhoria mais rápida da economia, pois não dependemos de apenas um setor”.

A pesquisa entrevistou 1,6 mil empresas de 6 a 12 de julho. A margem de erro é de 2,9%.

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