Covid-19: promotores de feiras e eventos solicitam reabertura de atividades no estado
Movimento pede a retomada de feiras em que seja possível controlar o fluxo de pessoas
O Movimento de Promotores e Organizadores de Feiras e Eventos de Santa Catarina, enviou um ofício ao governador do estado, solicitando a retomada de feiras e eventos marcados para decorrer de 2020. O movimento reúne 30 empresas do setor no estado, entre elas algumas de Brusque, e representa mais de 1700 empresas expositoras.
De acordo com Márcia Alberton, diretora da empresa Episteme Eventos, e uma das organizadoras do movimento, o ofício foi enviado ao presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Jonny Zulauf, que leu o documento na reunião do Comitê de Crise de Saúde do governo do estado.
No local houve uma discussão sobre a volta das feiras e foi acordado que na próxima reunião do comitê, dia 28 de abril, será divulgada uma resposta ao ofício.
Márcia destaca que a preocupação do setor, além das feiras que já foram canceladas no período da quarentena, são as feiras em que ainda não há uma certeza de que poderão ser divulgadas e executadas.
Outra situação que fez com que o grupo se manifestasse, foi a instalação de um hospital de campanha no Centreventos de Itajaí, que ficaria no local por pelo menos seis meses, fazendo com que outras feiras fossem canceladas.
O movimento pede a volta das feiras e eventos em que é possível controlar a quantidade de público, sugerindo a assistência com brigadistas, segurança e álcool em gel no ambiente. Segundo a organizadora, “nós temos como fazer as restrições de visitação como um shopping center faz no momento”.
Entre as empresas que assinam o ofício estão as organizadoras de 18 feiras ainda estão agendadas de junho em diante, informa Márcia. Também assinam o documento as empresas Jasper Entretenimento e Goulart Produções, ambas de Brusque.
Essas 18 feiras, conforme cálculo dos empresários, reuniriam mais de 340 mil turistas, com perspectiva de geração de R$ 1,3 bilhão em negócios, durante e pós-feiras. Além disso, esses eventos gerariam 11,5 mil vagas de empregos diretos e indiretos. A estimativa de gasto de turistas caso eles sejam realizados é de R$ 204 milhões.
“Salientamos ainda, a existência de uma importante cadeia econômica que depende diretamente da efetiva realização das feiras, integrada pelas montadoras, assistentes, serviços auxiliares/secretaria, estacionamento, limpeza, segurança, free lancers, imprensa, empresas de publicidade e propaganda, restaurantes, hotéis, comércio em geral, entre outros”, justifica o documento apresentado pelos promotores de eventos.