Covid-19: sindicato pede revisão do grau de insalubridade dos servidores da saúde em Brusque
Secretaria de Saúde diz que licitação está em andamento
Secretaria de Saúde diz que licitação está em andamento
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque e região (Sinseb) pediu à Prefeitura de Brusque que o grau de insalubridade dos servidores da saúde do município seja revisto por causa da pandemia da Covid-19.
O assunto foi abordado pelo presidente do Sinseb, Orlando Soares Filho, e pela vice-presidente, Tânia Pompermayer, em vídeo publicado nas redes sociais nesta quinta-feira, 15, que afirmaram que a situação é um “descaso” com os profissionais da saúde.
Em entrevista à reportagem, Soares Filho diz que o problema é discutido com a Secretaria de Saúde desde o ano passado, mas que até o momento não teve conhecimento de que a licitação para contratar uma empresa para realizar a perícia foi aberta.
No entanto, o secretário de Saúde, Osvaldo Quirino de Souza, disse à reportagem nesta sexta-feira, 16, que a licitação está em andamento e que a partir de maio devem-se iniciar as visitas para a revisão.
“É importante atualizar isso, para fazer uma coisa justa e com um respaldo legal, até para a segurança de quem está pleiteando. Vem uma empresa certificada fazer isso e fica tudo bem oficializado, porque envolve aumento de custo, dinheiro público, então tudo tem que ser muito bem justificado”, comenta Souza.
O representante dos servidores diz que a pandemia da Covid-19 aumentou a situação de risco dos profissionais da saúde. Há casos em que os servidores atuavam em funções não insalubres e por causa da pandemia foram transferidos para áreas já consideradas insalubres, como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
De acordo com Soares Filho, a última revisão aconteceu há seis anos. “Mudou de 2014 para cá, e muito, porque o risco era medido pelo trabalho realizado naquele momento”.
O pedido para nova perícia foi feito no ano passado, segundo o presidente do Sinseb, mas não foi acatado por conta do período eleitoral. No fim de fevereiro o sindicato entrou novamente em contato com a prefeitura, que ficou de fazer a licitação.
Após a empresa ser contratada, um técnico percorrerá os locais de trabalho para avaliar o grau de insalubridade.