Covid-19: Vale do Itajaí registra primeiro caso de transmissão comunitária da variante brasileira do vírus
De acordo com a Dive, paciente de Camboriú com exame positivo não realizou nenhuma viagem recente para outras áreas do país com transmissão comunitária
O primeiro caso de transmissão comunitária da variante brasileira do coronavírus no Vale do Itajaí foi em Camboriú. A informação foi confirmada pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) nesta quinta-feira, 4. Outro caso também foi registrado em Joinville.
As investigações conduzidas pelas equipes de vigilância em saúde das Secretarias Municipais de Camboriú e Joinville. Os dois casos são do sexo masculino com idades de 68 e 39 anos. Também, não tinham registro de viagens para outras áreas do país com transmissão comunitária reconhecida da variante P.1 nos últimos 30 dias, o que caracteriza a transmissão comunitária dentro do estado.
As amostras foram encaminhadas para o Lacen/SC, que as enviou para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro. Lá, foi realizado o sequenciamento genômico. O instituto poderá confirmar a identificação de mais três casos autóctones, ou seja, de transmissão comunitárias da variante P.1 do vírus SARS-CoV-2 no estado de Santa Catarina.
Variante P.1 sequenciada pela UFSC
A equipe da Força Tarefa Covid-19 da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunicou à Secretaria de Estado da Saúde (SES) que realizou sequenciamento genômico de três amostras oriundas do laboratório do Hospital Universitário da UFSC.
Estas amostras foram recebidas no dia 22 de fevereiro, e os resultados do sequenciamento foram comunicados no dia 1º de março para a SES/SC e para a Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis.
A SMS/Florianópolis realizou investigação epidemiológica que confirmou que os casos não tiveram histórico de viagem para outras regiões nos últimos 30 dias, o que pode caracterizar como sendo casos autóctones.
Números em Santa Catarina
Até o momento foram enviadas ao Laboratório de Referência Nacional 264 amostras. Sendo 222 de monitoramento genômico e 42 de casos suspeitos de infecção por novas variantes de atenção.
Com este monitoramento foram sequenciadas 129 amostras de Santa Catarina. Sendo identificadas dez linhagens distintas: B.1 (outros), B.1.1.1, B.1.1.119, B.1.1.143, B.1.1.28, B.1.1.33, B.1.1.38, B.6, P.1, P.2.
Das linhagens/variantes identificadas, foi encontrada apenas um VOC, a P.1, em oito casos importados. E dois casos autóctones até esta quinta, 4.
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