Covid-19: vereadores de Brusque debatem sobre restrições e se manifestam contra lockdown
Principal assunto da sessão foram as medidas para conter avanço do coronavírus
Principal assunto da sessão foram as medidas para conter avanço do coronavírus
As medidas de restrição em relação ao coronavírus foram debatidas pelos vereadores de Brusque durante a sessão da câmara desta terça-feira, 2.
O vereador Rick Zanata (Patriota) criticou a opção de aplicação de um novo lockdown, defendendo que os empresários não são os maiores culpados pela disseminação da Covid-19. Ele também criticou o individualismo das pessoas que não seguem as medidas definidas pelas autoridades. Jean Dalmolin (Republicanos) apelou para que empresários e comerciantes reforcem o cuidado com as medidas de segurança nas empresas.
André Vechi (DC) apresentou os números da lotação das UTIs destinadas ao tratamento da Covid-19 em Santa Catarina, que passa dos 90% em todas regiões. Ele destacou que não existem soluções simples para equilibrar economia e saúde, porém também acredita que o lockdown não seria a melhor solução para o momento. Para Vechi, o confinamento foi importante no início da pandemia para a organização do sistema de saúde, mas que isso não é mais justificativa.
Ele lembrou da influência negativa do vírus no Produto Interno Bruto do país, nos índices de empregabilidade e criticou o uso dos recursos públicos durante a pandemia. Ele citou, por exemplo, a polêmica compra de respiadores do governo de Santa Catarina.
“Sei que é uma posição muito difícil. Faço um apelo para que não seja feito lockdown, não podemos colocar o custo da incompetência das autoridades na iniciativa privada”.
Jean Pirola (PP) lembrou as ocorrências de aglomeração em Brusque – mais de 110 somando ações da Polícia Militar e Vigilância Sanitária – e questionou a culpa das autoridades.
“Quem está ‘pagando o pato’ são os empresários, mas todas essas ocorrências foram em casas. Não respeitam nem os entes que moram nos mesmos ambientes”. Pirola também criticou o decreto divulgado pela Prefeitura de Brusque nesta terça-feira, 2, que, segundo ele, foi feito sem discussão com a câmara.
Deivis da Silva (MDB) fez um requerimento para que a Prefeitura de Brusque estude a viabilidade de participar do Consórcio da Frente Nacional de Prefeitos. Na semana passada, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu-se a estados e municípios
adquirirem vacinas contra a Covid-19, em caso de descumprimento do Plano Nacional de
Imunização (PNI) ou de insuficiência de doses previstas.
Alguns municípios já manifestaram interesse em participar do movimento da Frente Nacional dos Prefeitos, que divulgou uma nota sobre a criação do consórcio. A intenção da entidade é que o consórcio público a ser criado adquira também medicamentos, insumos e equipamentos que sejam necessários para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. O consórcio público apresenta a possibilidade para compra de vacinas de forma coletiva.
Brusque passou de 140 mortes por Covid-19 nesta terça-feira, 2. Além disso, o Brasil registrou mais de 1,6 mil óbitos pela doença nas últimas 24 horas, o maior número desde o início da pandemia.
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