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CPI dos respiradores ouve representantes da Veigamed nesta terça-feira

Pedro Nascimento Araújo e Fábio Deambrósio Guasti já estão presos. Sessão ouvirá também os servidores José Florêncio da Rocha e Débora Brum

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada na Assembleia Legislativa de SC (Alesc) para apurar a compra dos 200 respiradores, ouvirá dois representantes da Veigamed nesta terça-feira, 15. São eles Pedro Nascimento Araújo, um dos responsáveis legais pela empresa, e Fábio Deambrósio Guasti, que negociou os valores e fechou a proposta com o governo do Estado. Ambos estão presos preventivamente no âmbito da Operação Oxigênio.

Segundo a força-tarefa formada por Ministério Público, Tribunal de Contas (TCE) e Polícia Civil, a prisão deve-se à destruição de provas e pulverização do dinheiro. O relatório que embasou o pedido cita um pagamento de “comissão” de R$ 2 milhões para Gausti.

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Além deles, serão ouvidos dois servidores da Secretaria de Saúde: José Florêncio da Rocha, coordenador do Fundo Estadual de Saúde, e Débora Brum, técnica administrativa da pasta e então imediata da servidora Marcia Regina Geremias Pauli.

José Florêncio é apontado por Marcia como uma das pessoas que saberia dizer de onde partiu a ordem para pagamento antecipado. Como atua na parte financeira, poderá esclarecer os fatos que levaram o Estado a quitar os respiradores logo após a chegada da proposta.

Já Débora Brum é apontada como a responsável por certificar a assinatura digital de Marcia no sistema de processos eletrônicos. Ela possuía senha no sistema que permitia fazer alterações, diferente da ex-superintendente.

“A CPI caminha na estrada de juntar os pontos, ligar as vírgulas, para poder, dentre todo esse emaranhado de documentos, dar uma resposta rápida para Santa Catarina. Por mais que a gente tente solucionar esse processo com a velocidade que eu, os deputados e todos os catarinenses esperam, é preciso trilhar um processo de investigação”, disse o relator, deputado Ivan Naatz (PL).

Os deputados também aguaram uma resposta do governador Carlos Moisés da Silva, que teve convocação aprovada na semana passada. Segundo parecer da Procuradoria da Assembleia, Moisés tem tratamento diferenciado na CPI pelo cargo que ocupa. Ele pode responder as perguntas por escrito, ou decidir o horário e local da sessão.