Creche no Jardim Maluche está com problemas no telhado
Prefeitura afirma que laudo será feito pela prefeitura e problema deve ser resolvido em breve
Nesta semana, membros da comunidade escolar do Centro de Educação Infantil Hilda Anna Eccel II, no bairro Jardim Maluche, entraram em contato com o jornal O Município para informar que problemas de infiltrações e goteiras estão atingindo o educandário.
O problema relatado pelos pais iniciou com as intensas e intermitentes chuvas que assolam a região há cerca de duas semanas, já que parte do telhado da escola não conseguiu conter as águas.
Pais relataram que é necessário o conserto do telhado para melhorar as condições do educandário.
O Município procurou a escola para obter informações a respeito do problema. A diretora de Educação Infantil da Prefeitura de Brusque, Mônica Soares, afirma que o poder Executivo está ciente do problema.
Ela diz que nesta semana um engenheiro do município esteve no local para fazer uma avaliação.
“O que parece é que tem telhas quebradas, não é necessário fazer a troca do telhado inteiro. Mas um laudo técnico será solicitado para ver o que precisar ser feito”, afirma Mônica.
A diretora explica que empresas que prestam serviços de manutenção à prefeitura estiveram no lugar e fizeram avaliações. Todas disseram que é necessária a troca do telhado inteiro, mas não apresentaram laudos comprovando essa necessidade.
Daí a opção por pedir uma avaliação internamente. “Nos próximos dias vamos ver uma solução para essa situação”, garante Mônica.
Segundo ela relata, há goteiras nas salas de aula e, quando chove muito, a água escorre pelos cantos das paredes, o que leva à suspeita de que se trata de um problema no rufo do telhado – peça fixada em locais específicos para evitar que a água infiltre na alvenaria.
Segundo a diretora, a situação causa transtornos porque as funcionárias precisam secar as salas. No entanto, ela diz que não é preciso suspender as aulas e o problema no telhado não causa riscos para as crianças.
“Estamos providenciando essa situação, se for troca de telhas é uma situação muito tranquila, muito rápida de fazer”.
Exoneração de diretora causa polêmica
Até então diretora do CEI, Cintia Maria Fugazza Sabino foi exonerada da função, por meio de portaria publicada ontem no diário oficial do município.
Segundo funcionários da creche e pessoas próximas a ela, que pediram para não serem identificados, a exoneração foi motivada por sua insistência em cobrar da Secretaria de Educação o conserto do telhado.
O secretário de Educação, José Zancanaro, nega que esse tenha sido o motivo. Ele afirma que só foi comunicado do problema há pouco tempo, e diz que o motivo da exoneração é outro.
“É porque ela nunca chegou as 7h30 para trabalhar. Ela chega sempre 8h, 8h30 para trabalhar”, diz.
Documento obtido por O Município mostra que o horário de trabalho da diretora seria realmente 8h30. Entretanto, o secretário diz que há uma cobrança para que o diretor chegue mais cedo.
“Aqui é determinado, cobrado e exigido que o diretor chegue sempre cinco minutos antes de começar as aulas. O diretor que não estiver antes é pra sair, para pedir a conta. E todos concordaram, e ela nunca chegou antes das 8h”.
O secretário também minimiza a situação. “Pessoas de dentro instigaram pais a ligar para a ouvidoria e para a imprensa para fazer muvuca de uma coisa que é tão pequena para ser resolvida”.
Há, entretanto, relatos internos que dão conta de que as cobranças da diretora por melhorias nas escolas são antigas. O Município teve acesso a mais de dez documentos internos, entre memorandos e e-mails, indicando que, pelo menos desde fevereiro é feita a cobrança pelo conserto do telhado.