Cresce o número de praticantes do beach tennis em Brusque
Modalidade é praticada na Sociedade Esportiva Bandeirante e registra aumento de adeptos a cada semana
O beach tennis chegou com tudo em Brusque. A modalidade, praticada na Sociedade Esportiva Bandeirante, registra aumento de adeptos a cada semana. Desde que o clube passou a dar espaço para o esporte praticado mais comumente nas praias do Brasil, o número de interessados em conhecer e participar de eventos relacionados ao beach tennis se multiplicou.
Um dos principais entusiastas da modalidade é o ex-tenista profissional André Baran. Depois que abandonou a prática do tênis nas quadras, o atleta procurou uma atividade alternativa para se manter praticando o esporte. “Eu notava que havia um movimento muito forte do beach tennis em praias como a do Rio de Janeiro e até mesmo em Balneário Camboriú. Já tem uns quatro anos que veio aqui para o litoral catarinense, mas não era tão popular como agora”, explica. Desde fevereiro, quando as aulas começaram no Bandeirante, até a última semana o grupo de praticantes passava de 50 membros.
Esporte mais leve
Para Baran, que no ano passado defendeu Brusque nos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) no tênis de quadra e faturou medalha de prata, a popularização do beach tennis tem a ver com a maneira despojada a qual é praticada. Se no chão de saibro a regra é o silêncio nas arquibancadas e a postura sisuda dos competidores, nas areias o comportamento é outro. Com caixas de som para animar as partidas e comemorações entusiasmadas, o beach tennis conquistou até quem não tinha intimidade com a raquete.
Outro caráter do beach tennis vem empolgando os atletas: a possibilidade de jogar em família. Mãe e filho, irmãos, primos, todos os entes queridos têm espaço para competir em conjunto ou como adversários. “É um esporte que vem crescendo porque fortalece o vínculo entre os familiares e também os amigos”, diz Baran.
Terreno de atletas
Depois de chamar a atenção de ex-tenistas, a modalidade também despertou o interesse em Manoella Gracher, que por 11 anos foi atleta de vôlei. Para ela, é bom estar de volta na prática do esporte. “Estar no meio esportivo é muito bom. Estamos aprendendo uma nova modalidade, fazendo novas amizades além de poder voltar a participar de competições”, completa.
Manoella foi uma das representantes de Brusque no Circuito Mormaii, que teve etapa em Balneário Camboriú. Junto com amigas, a atleta ajudou a levar o nome da cidade para esse que é um dos principais campeonatos de beach tennis atualmente. “Hoje somos mais de 50 praticantes dessa modalidade em Brusque e a cada dia temos novos adeptos. Comentamos sobre a modalidade, campeonatos e as pessoas estão se interessando cada vez mais nessa prática”, diz Manoella.
O beach tennis
Apesar de ter um jeitão brasileiro, o beach tennis se desenvolveu na Itália. As diferenças entre a prática no saibro e na areia são notórias, a começar pela raquete. O principal instrumento dos atletas do beach tennis é fechado, não tem cordas e geralmente é feito de carbono.
Nas regras também se apresentam as diferenças. Como não poderia deixar de ser, a bola não pode tocar nenhuma vez o solo – isso é ponto para o adversário. Não existe o chamado net do tênis, ou seja, quando ‘queima’ o saque por ter tocado na rede e o atleta que disparou a bola precisa repetir o lançamento. No beach tennis, o adversário pontua se o saque pegar na rede.
O sistema de pontuação é parecido com o tênis, dividido em games. A diferença é que não tem vantagem. Se houver empate em 40 a 40, quem fizer o próximo ponto ganha o game. As partidas de simples (individual) são disputadas em melhor de seis games e as de duplas em melhor de nove. Em caso de igualdade de games a 6 a 6 (simples) ou 9 a 9 (duplas), joga-se o tie-break.