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Cresce venda de alarmes e câmeras de segurança em Brusque

Repercussão de crimes dos últimos meses faz empresas do setor registrarem aumento de até 45% na procura

A venda de equipamentos e sistemas de segurança cresceu significativamente em Brusque nos últimos meses devido à repercussão de assaltos e roubos que aconteceram recentemente. Em alguns dos estabelecimentos contatados pelo Município Dia a Dia, o aumento chegou a até 45% no último trimestre. Alarmes e câmeras de segurança são os itens mais procurados pelos clientes.

O proprietário da Protenet Central de Monitoramentos, Alexsandro Silva Fernandes, diz que a procura é tanto para residências, condomínios e empresas, de vários bairros de Brusque. Ele afirma que o crescimento mais considerável iniciou há quatro meses, e até o momento já representa 20% em relação ao ano passado.

Fernandes afirma que o sistema de segurança inibe os criminosos, já que terão que realizar uma ação muito rápida ou procurar um imóvel que não tenha itens de segurança, como alarme e câmeras. “O sistema eletrônico auxilia bastante o cidadão, já que na hora avisa o que está acontecendo”.

Em média, a instalação do alarme custa de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil, dependendo a quantidade de sensores. Já as câmeras variam de R$ 1,5 mil a R$ 2,5 mil, também dependendo a quantidade.

Na Bruseg Sistemas de Segurança, o proprietário Marcelo Alexandre Gandin conta que desde agosto é registrado um crescimento de 15% na compra de alarmes e câmeras em relação a 2015. Segundo ele, estes são os dois itens mais procurados, pois o primeiro avisa quando “alguém invadiu o local” e o outro confirma a ação e auxilia a encontrar os suspeitos.

Prevenção “é mais barata”

Gandin diz que a procura por sistemas de segurança é maior nos bairros Águas Claras, Santa Terezinha e Centro. “Geralmente as pessoas procuram por estes itens quando acontece algum problema. Buscam primeiro um portão eletrônico, um interfone, para proporcionar mais conforto à casa, porém, acabam perdendo seus bens por não terem investido nestes equipamentos de segurança”, diz o proprietário da Bruseg, que recomenda que os cidadãos se previnam para evitar situações desagradáveis. Em média, alarmes custam a partir de R$ 500 e sistemas de câmeras a partir de R$ 1 mil.

A sócia-proprietária da Abrasintec, Lilian Abromovicz Tosin, reforça que há dois meses aumentou intensamente a procura por equipamentos de segurança. Ela afirma que a maioria busca proteção para residências de vários bairros de Brusque. Lilian também conta que os clientes somente buscam pelos produtos quando têm sua casa invadida, ou algum vizinho ou conhecido é afetado. “Geralmente as pessoas não se previnem e buscam pelo alarme e a câmera quando ocorre o pior, mas certamente prevenir é melhor”. Os valores dos equipamentos dependem da marca e do número de sensores e câmeras.

O proprietário da Alpha Monitoramento e Rastreamento, Juliano Bianchini Casagrande, diz que a criminalidade está “apavorando os brusquenses”, e que com isso, nos últimos três meses, registrou em seu estabelecimento um crescimento que varia de 35% a 45%, sendo que 90% dos itens procurados – alarme e câmera – , são para residências de bairros distintos. “As pessoas saem de casa de manhã para trabalhar e quando voltam não encontram mais seus bens. Pelos depoimentos que temos os suspeitos ficam rondando a casa para saber a rotina da família”, diz Casagrande, que também destaca que os cidadãos esperam ter a casa furtada ou roubada para depois procurarem por equipamentos de segurança.

Na Alpha, os preços variam conforme o projeto realizado para o cliente. “Os clientes dizem que não têm dinheiro para colocar o sistema de segurança, aí quando são roubados acabam arrumando dinheiro. Por isso falamos que a prevenção é muito mais barata”.