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Crianças Conectadas: o impacto das tecnologias no desenvolvimento infantil

A resposta para estas perguntas varia conforme a idade da criança e o número de filhos, pois as mesmas regras e explicações que funcionam com crianças pequenas podem não funcionar para crianças mais velhas ou adolescentes. Além disso, pediatras e outros profissionais da saúde possuem opiniões diferentes em relação ao assunto.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda, por exemplo, evitar ou proibir o uso de tablets e celulares para crianças menores de dois anos, e a partir dos 2 anos até os 5 anos, limitar seu uso em até uma hora diária. Para crianças maiores de 5 anos até 10 anos, sugere-se evitar jogos violentos e não permitir televisões e computadores no quarto. Já a Academia Americana de Pediatria afirma que a idade recomendada para se ter um celular é acima de 12 anos.

Diversas pesquisas sobre o tema alertam ainda, que uso excessivo destes dispositivos pode causar dificuldades de socialização e de aprendizagem, além de contribuir para o sedentarismo infantil e para a incidência de insônia e sonolência diurna na infância e adolescência. É preciso orientar as crianças quanto aos malefícios e benefícios dos aparelhos tecnológicos e também supervisionar o uso destes dispositivos: conversar com os filhos sobre o tema e sugerir outras brincadeiras e brinquedos é uma sugestão. Em restaurantes, supermercados e ambientes em que o uso de celulares e tablets é comum para distração, sugere-se a troca pelo uso de brinquedos como bonecas e carrinhos. Também é possível bloquear conteúdos impróprios em serviços de streaming e aplicativos de celular.

Entretanto, nem tudo é ruim em relação às tecnologias do século XXI…é importante lembrar os benefícios de seu uso moderado: assistir a programas infantis educativos auxiliam crianças pequenas (de 3 a 5 anos) no aprendizado de novas palavras, além de contribuir para uma melhora no seu desempenho cognitivo e social. Da mesma forma, o uso moderado de celulares, videogames e computadores pode melhorar a memória, atenção e capacidade de raciocínio das crianças, além de aumentar a motivação para o aprendizado quando utilizado em salas de aula.

Desta forma, a dica é: equilíbrio, informação e supervisão. Afinal, a tecnologia sempre existiu…cada nova invenção, do rádio à televisão, do computador ao tablet e celular…trouxeram contribuições e prejuízos para a sociedade, que foi se adaptando às mudanças e buscando novas formas de interação com a tecnologia.

 


Victória Loos
– psicóloga