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Número de roubos em Brusque caiu 19,5% nos quatro primeiros meses de 2017

Com a redução, município tem o segundo menor índice de Santa Catarina, ficando atrás apenas de Jaraguá do Sul

Os primeiros quatro meses de 2017 já registraram uma redução de 19,5% no número de roubos em Brusque. Ano passado, de janeiro a 3 de maio foram registrados na Delegacia de Polícia Civil, 46 boletins de ocorrência pelo crime de roubo, a maioria em estabelecimentos comerciais. Neste ano, no mesmo período, as polícias Civil e Militar registraram 37 casos de roubo. Diferente do ano anterior, em 2017 a maioria dos crimes ocorreram contra pessoas.

Com esses dados, o delegado regional Fernando de Faveri informa que o município tem o segundo menor índice de Santa Catarina – 28 roubos por 100 mil habitantes – ficando atrás apenas de Jaraguá do Sul. Os horários de maior incidência são entre 18h e meia-noite, principalmente nas quartas e quintas-feiras. “As explicações para essa queda vertiginosa dos roubos são diversas, especialmente em comércio, dentre elas o fato da Divisão de Investigação Criminal (DIC) ter assumido as investigações, identificado e prendido os autores dos crimes”, analisa.

Outros fatores importantes para a redução dos números, de acordo com o delegado, foi o aumento do efetivo das polícias, assim como a colaboração das vítimas, que repassam detalhes dos crimes. “São várias situações que motivam os criminosos, mas sem dúvida umas das principais está associada ao tráfico de drogas. Outra razão é a crise econômica, além do uso abusivo de álcool, o desejo de dinheiro fácil e a entrada de armas nas fronteiras”.

Para o delegado, o importante agora é manter os índices baixos em Brusque e região e, caso ocorram novos roubos, manter a eficiência para prender os autores. “A prisão dos envolvidos e a rápida resposta do sistema de Justiça é um dos fatores que ajudam na queda”, avalia de Faveri.

O comandante da Polícia Militar, tenente-coronel Moacir Gomes Ribeiro, atribui a redução dos números ao trabalho de inteligência tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil. “Essa parceria entre as duas polícias tem gerado bons resultados e que fortaleceram ainda mais as investigações”, comenta.

O reforço do efetivo da PM também tem colaborado para a queda nos índices, pois com isso houve intensificação nas rondas. “Passamos a atuar mais naquelas áreas em que havia maior incidência de roubos e assaltos, não somente com o policiamento normal, de radiopatrulha, mas também com serviço de prevenção, com visitas em comércios e com a Rede de Vizinhos”, analisa Gomes.

Com os novos policiais, a PM conseguiu colocar uma viatura específica para a prevenção no bairro Águas Claras, para fazer contato com a população e colher informações. “Havia realmente uma necessidade da presença da PM naquele local. E essa ostensividade criou em Brusque uma maior proximidade entre a polícia e cidadão, que fortaleceu o combate à criminalidade”, diz.

Crime violento
Para o tenente-coronel, a prevenção contra o roubo é muito importante, pois é um crime extremamente violento, que traz traumas para a vítima e gera uma sensação de insegurança. “Sem contar o risco de se tornar um possível latrocínio ou homicídio, pois normalmente neste tipo de crime se utiliza arma de fogo”.

Segundo Gomes, a sua missão como comandante do 18º Batalhão da PM é buscar, além de uma melhor estrutura e efetivo, mais parcerias com a sociedade, pois são elas que fortalecem o trabalho. “A parceria que temos com a Polícia Civil é exemplo, em que temos colhido esses frutos. Buscamos sempre fazer operações em conjunto e tentado melhorar pontos da cidade que tem necessidade de uma maior prevenção da segurança”.

Outros números importantes, destacados pelo comandante, são dos índices de latrocínio e homicídio, sendo que o primeiro não ocorre há muito tempo no município. Já os homicídios foram registrados dois nos primeiros quatro meses do ano. Em 2015, foram quatro no ano inteiro, e em 2016 foram cinco.

Para reduzir cada vez mais os índices de criminalidade em Brusque, Gomes acrescenta que a PM busca sempre combater as drogas, pois em muitos casos o crime está relacionado ao tráfico. “Consequentemente, se combatermos as drogas, diminuiremos os números de assaltos e furtos. Neste ano já tivemos a felicidade de realizar grandes apreensões de drogas na cidade”.

Cifra negra
O comandante Gomes alerta que é preciso levar em consideração a chamada “cifra negra”, que são os crimes que ocorrem no município, mas que não são registrados em nenhum órgão e acabam de fora das estatísticas. Há também aqueles que foram repassados apenas para a Polícia Militar. “O nosso sistema de dados contabiliza tanto os registros da Polícia Militar como da Polícia Civil. Mas nem todos os casos informados ao 190 (da PM) são registrados na delegacia (da PC)”, explica.

Tipificação dos roubos em Brusque

Dados da Polícia Civil, de janeiro a 3 de maio

 

2016 2017
Roubo 9 11
A banco 1 0
A Pessoas 15 12
Em Comércio 17 10
Em Residência 2 2
Em Veículos 2 0
Carga Têxtil 0 2
TOTAL 46 37

Dados da Polícia Militar

Janeiro Fevereiro Março Abril TOTAL
2016 26 21 15 13 75
2017 9 16 5 4 34