Crise estabiliza fluxo de passageiros na rodoviária de Brusque
Apesar do período de férias, empresas de ônibus registraram vendas iguais ou menores que no ano anterior
Época mais forte para as empresas de transporte coletivo, o fim de ano de 2016 em Brusque não superou o de 2015. Três das principais companhias com viagens longas que atuam na rodoviária do município registraram movimento na média ou até mesmo abaixo do esperado para o período.
A Gadotti faz viagens para São Paulo com partida de Brusque. A linha é a que mais vende, de acordo com o atendente Gelson Konink. De acordo com ele, a venda de bilhetes entre Natal e Ano Novo foi parecido com 2015.
Outra companhia que também atua em trechos longos é a Catarinense. O atendente do guichê da rodoviária, Daniel Rios, diz que o movimento foi semelhante ao ano anterior.
A Reunidas faz a ligação com vários municípios catarinenses, como Itajaí, Blumenau e Florianópolis. Entretanto, o trecho mais vendido no fim de 2016 foi o que termina em Francisco Beltrão (PR).
Farlei Lourenço, agente de vendas da Reunidas, conta que a maior parte dos passageiros viaja para cidades do Paraná, depois vêm os municípios do interior do estado. Segundo ele, o movimento nos outros anos foi maior do que em 2016.
Crise
A explicação para o movimento dentro da média na rodoviária pode estar ligada à crise financeira. Com menos dinheiro no bolso, muitas pessoas deixaram de viajar no fim de ano e, com isso, o movimento caiu.
Esse é o caso de Antônio dos Santos, morador do bairro Volta Grande. Ele foi para Joinville na sexta-feira, 30, visitar a filha. Santos conta que o dinheiro está mais escasso. “Essa crise pegou a gente de jeito”, diz.
A linha da Catarinense para Curitiba (PR) é a mais vendida da empresa. O curitibano Carlos Rivelino veio passar férias em Brusque e, pela primeira vez, voltou de ônibus para o Paraná. Antes ele ia de carro, mas como tem um compromisso, aproveitou a comodidade do ônibus.
Espaço precisa de melhorias
A rodoviária de Brusque possui problemas no telhado. A cada chuva mais forte, a água invade a área para passageiros. É possível enxergar a madeira danificada no teto. O responsável pelo espaço até o fim de 2016, Francisco Imhof, diz que uma reforma é necessária.
De modo geral, a opinião dos passageiros ouvidos pela reportagem é de que a rodoviária é adequada. Um problema apontado pelos guichês é a falta de guarda-volumes maiores. Alguns passageiros procuram o serviço.
Para suprir a demanda, alguns usuários despacham compras por meio de encomendas ou pagam excesso de bagagem. Há um serviço de guarda-volumes, no entanto, ele tem horários irregulares e é limitado.