Cristianismo, liberdade e democracia
A cultura contemporânea, de modo muito bem planejado, vem desmontando as estruturas do nosso modelo clássico de pensamento, baseado na filosofia clássica grega e na tradição judaico-cristã. A propaganda consiste em mostrar essa tradição, especialmente nos seus ensinamentos morais, como inimiga da liberdade do ser humano, castradora, repressora, etc. Durante o século XX, essa revolução […]
A cultura contemporânea, de modo muito bem planejado, vem desmontando as estruturas do nosso modelo clássico de pensamento, baseado na filosofia clássica grega e na tradição judaico-cristã. A propaganda consiste em mostrar essa tradição, especialmente nos seus ensinamentos morais, como inimiga da liberdade do ser humano, castradora, repressora, etc. Durante o século XX, essa revolução cultural conquistou os espaços universitários, as mídias, as artes e os sistemas educacionais em geral.
Mas será mesmo o cristianismo inimigo da liberdade? Se quisermos vislumbrar o resultado desse processo, basta olharmos para os países que estão em estágio mais avançado de descristianização, como Suécia, Dinamarca, Holanda e, aos poucos, a Europa quase toda.
Nesses países que citei, a ideologia de gênero, por exemplo, já dominou quase completamente a cultura e o direito, de modo que é muito difícil opor-se a ela. Os resultados? Uma abrupta decadência moral, aumento da violência, sobretudo a sexual e fortes indícios de caos social. E o que vem para ocupar esse vácuo moral e restabelecer a ordem? Islamismo e socialismo. Não nos esqueçamos que o pano de fundo de toda essa revolução cultural é o comunismo materialista, e praticamente todos os filósofos do século XX, que fizeram o trabalho sujo da propaganda anticristã, eram comunistas declarados. E quando essa segunda etapa se instala, adeus liberdade! A contradição é tão óbvia, que é difícil imaginar como mentes esclarecidas podem ainda se perder nessa ilusão.
Vejamos o “semideus” da cultura contemporânea, o francês Michel Foucault, verdadeiro ícone da contracultura. Foucault recomendava o uso de drogas e a promiscuidade aos seus alunos, como modo de fazer a “revolução” e experimentar a liberdade. Ele era homossexual e foi um dos idealizadores da ideologia de gênero. O curioso é que ele vivia num país cristão, capitalista e “burguês” , e no uso de todas as possibilidades econômicas, civis e políticas que essa sociedade lhe dava, a atacava com veemência. E o que ele defendia? Os regimes comunistas assassinos da União Soviética e da China. O fato é que, se ele vivesse num desses países, seria fuzilado ou desapareceria, como sempre acontece com os homossexuais nos países comunistas. Quando saiu da França, ele não foi para Moscou, Pequim ou Havana, mas para os Estados Unidos. Lá, endeusado nas universidades de um país cristão, capitalista e “burguês”, continuou no exercício de sua plena liberdade, até morrer de AIDS na década de 1980.
Hoje, o homossexualismo se tornou uma bandeira anticristã, e os homossexuais estão sendo usados como classe revolucionária, massa de manobra nessa destruição cultural. Se olhassem a história com um olhar mais crítico, fariam o contrário. Lutariam para manter o modelo cristão, capitalista e “burguês”, que lhes garante, além das possibilidades materiais, a sagrada liberdade de manterem sua própria opinião e estilo de vida, desde que não cometam crimes, é claro. A propaganda anticristã é um tiro no pé. Além do mais, numa sociedade verdadeiramente cristã, a polícia, o judiciário, o conselho tutelar, os professores teriam muito menos trabalho. As opções que o relativismo e o caos cultural oferecem são infinitamente piores no quesito liberdade e democracia. Só não vê quem, insistentemente, não deseja ver.