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Cristovam Buarque cumpre agenda em Brusque nesta segunda-feira, 18

Senador será o palestrante do Ciclo Brusquense de Conferências Magnas Temáticas

O senador e professor Cristovam Buarque estará em Brusque nesta segunda-feira, 18, para a segunda conferência magna que integra o Ciclo Brusquense de Conferências Magnas Temáticas, realizadas para marcar o Bicentenário da Independência do Brasil, com entrada gratuita.

Na oportunidade, Buarque falará sobre o tema “Educação, Prioridade Nacional: Um Imperativo!”. A conferência será realizada às 19h no Teatro do Centro Empresarial de Brusque.

O Ciclo Brusquense de Conferências Magnas Temáticas foi idealizado pelo historiador Paulo Vendelino Kons e conta com o apoio de diversas entidades do município.

O objetivo é ofertar, gratuitamente, um ciclo de sete Conferências Magnas Temáticas, marcando cada ano que falta para o Bicentenário. O projeto teve início em 2016 e segue até 2022.

A Conferência Magna inaugural foi ministrada por Dom Bertrand de Orleans e Bragança, sob o tema “A Monarquia na construção do Brasil independente”, em novembro de 2016.

Os temas para os próximos anos já estão definidos: “Fé e Cultura” (2018), “Desenvolvimento Sustentável” (2019), “A Arte da Política e da Administração” (2020), “Aldeia Global”, “Nossa Casa Comum!” (2021) e “Desafios e Perspectivas para o Brasil”(2022).

Programação
9h –  Recepção no Colégio Cônsul Carlos Renaux
10h –  Visita à Faculdade São Luiz
12h – Almoço na Sociedade Esportiva Bandeirante
16h30 – Café da tarde e coletiva de Imprensa no Hotel Gracher
18h15 – Buarque autografa seu mais recente lançamento “Mediterrâneos Invisíveis”, no foyer do teatro do Cescb
19h – Conferência magna: “Educação, Prioridade Nacional: Um Imperativo!” (entrada gratuita no teatro e transmissão ao vivo no site www.omunicipio.com.br)

ARTIGO
Senador da Educação

Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque nasceu em 20 fevereiro de 1944 em Recife (PE). É casado com Gladys Buarque e tem duas filhas. Seus pais trabalhavam em uma tecelagem e o adolescente Cristovam ajudava a vender panos e a fazer a contabilidade comercial dos negócios. Quando estudante, trabalhava ministrando aulas particulares de física e matemática, especialidade que o fez optar pelo curso de Engenharia Mecânica, aproveitando o clima desenvolvimentista do país nos anos 50 e 60.

Auxiliado por Dom Hélder Câmara, arcebispo de Olinda e Recife, obteve uma bolsa de estudo para cursar o Doutorado em Economia na tradicional Sorbonne, em Paris.

De 1970, quando foi para Paris, a 1979, quando voltou ao Brasil, Cristovam concluiu o doutorado na Sorbonne e trabalhou seis anos no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), onde chefiou equipes de elaboração de projetos financiados pela instituição em toda a América Latina.

Primeiro reitor eleito da Universidade de Brasília (unB), a  administração de Cristovam à frente da universidade fez com que a UnB se tornasse uma referência nas discussões acadêmicas e políticas nacionais e mundiais nos anos 80. Também foi na UnB que ele estabeleceu as linhas gerais de seu pensamento sobre o desenvolvimento econômico e inclusão social, presentes nos 20 livros que escreveu.

Saiu da UnB diretamente para o governo do Distrito Federal, onde implantou a Bolsa-Escola e dezenas de outros programas sociais que fugiam à lógica da esquerda corporativista e da direita assistencialista. Na economia, propôs parcerias com a iniciativa privada em áreas fundamentais para o desenvolvimento regional.

Assim como a Bolsa-Escola, diversos outros programas implantados por ele cobravam uma contrapartida dos beneficiados. Fez questão de não dar nada de graça e de não usar o Estado para o atendimento apenas de parcelas bem-organizadas da sociedade. Também não fez promessas que não podia cumprir. Administrou com respeito à responsabilidade fiscal, de olho no bem comum e com prioridade às necessidades mais imediatas da população menos privilegiada (principalmente educação e saúde) e à inclusão social.

Em 2003, foi nomeado ministro da Educação do governo Lula. Como ministro, alfabetizou mais de 3 milhões de pessoas em um ano – a primeira meta de sua administração, interrompida intempestivamente.

No Senado Federal, é chamado por seus pares como “senador da Educação”, tendo em vista sua defesa intransigente da educação como o caminho para o desenvolvimento e a justiça social.

Reverenciado pela comunidade universitária por sua importante contribuição à educação do país, é considerado mestre de várias gerações, referência nacional e internacional em educação.

Foi o escolhido para ministrar a II Conferência do Ciclo Brusquense de Conferências Magnas Temáticas, que marca o Bicentenário da Independência do Brasil, por constituir-se num homem público singular, que tem sua trajetória dedicada à Educação.

Paulo Vendelino Kons