Taiana Ebele/Especial
Cruzamento no Centro de Brusque vira problema de segurança para os pedestres
Dois atropelamentos ocorreram recentemente no entroncamento
O cruzamento da rua Felipe Schmidt com a rua do Centenário, no Centro, tem virado um problema de segurança para o município. A imprudência de motoristas e pedestres tornaram o local um ponto de corriqueiros atropelamentos e pequenos acidentes.
No dia 28 de junho, uma mulher de 28 anos de idade foi atropelada por um Honda Civic no cruzamento, por volta das 18h15. Ela foi levada ao Hospital Azambuja com dores na lombar, mas sem ferimentos graves.
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Um mês antes, no dia 22 de maio, uma pedestre de 25 anos também foi atropelada, coincidentemente, por um Honda Civic. O acidente aconteceu por volta das 12h45, exatamente no mesmo local: em cima da faixa de segurança.
As duas situações ilustram a insegurança de quem tenta atravessar a via. O diretor da Secretaria de Trânsito e Mobilidade (Setram), Renato Bianchi, afirma que a pasta está atenta ao cruzamento.
“Já consideramos recuar a faixa de pedestres mais para dentro da rua do Centenário”, afirma Bianchi, que também é responsável pela Guarda de Trânsito de Brusque (GTB), subordinada à Setram.
Entretanto, o problema é que os motoristas já não reduzem a velocidade com o pedestre exatamente no cruzamento, se ele estiver mais para dentro, fica ainda mais difícil porque o condutor perde a visão de quem quer atravessar.
Além disso, Bianchi diz que mudar a faixa de pedestre 10 ou 15 metros de lugar também não garante que o pedestre vai respeitá-la.
A possibilidade de instalação de um semáforo no cruzamento não é analisada pela Setram. “Semáforo não tem objetividade porque seria só para o pedestre e mataria o trânsito todo”.
Bianchi diz que a Setram está atenta ao problema no cruzamento, mas o principal é a alta velocidade dos motoristas ao entrar na rua do Centenário. Acabar com a imprudência é um fator que depende de cada condutor.
Atropelamentos
O comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho, afirma que os atropelamentos, assim como os acidentes em geral, não têm só um culpado.
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“De forma geral, ambos corroboram para o acidente. Às vezes, o pedestre confia demais na sua preferência e na faixa”, declara o tenente-coronel, que por anos foi chefe do setor de trânsito do batalhão.
Ele avalia, de forma geral, que qualquer sinalização é salutar. Entretanto, é importante que todos lembrem que o ser humano é peça mais frágil do trânsito, por isso principalmente pedestres e motociclistas devem redobrar atenção.