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Cursos técnicos oferecem formação profissional e boas chances de emprego em Brusque e região

Capacitações duram, em média, dois anos e têm boa aceitação de mercado

Com o mercado de trabalho cada vez mais competitivo, os cursos técnicos são uma boa opção. Eles são mais curtos, baratos e práticos do que a graduação e, em alguns casos, oferecem remuneração maior do que uma faculdade. Em Brusque, três instituições ofertam estas capacitações.

Os técnicos se apresentam como uma boa opção, sobretudo em tempos de crise financeira. Eles têm duração média de quatro semestres (dois anos) e são focados num campo específico. Além disso, a mensalidade tende a ser mais barata do que a de uma graduação.

Estes fatores fazem dos técnicos uma opção para quem pretende entrar ou se reinserir no mercado de trabalho. A coordenadora de núcleos e relações com o mercado do Senac de Brusque, Elisandra Bottamedi, diz que os cursos técnicos têm boa procura na região, porém, muita gente tem deixado de fazê-los por causa da crise.

Na visão dela, o curso não é um gasto, mas um investimento. O mercado de trabalho está sedento por mão de obra qualificada, e a chance de conseguir uma boa posição é maior com o diploma. O esforço vale a pena, na opinião de Elisandra.


Opções diversificadas

As três instituições no município oferecem cursos voltados para diversas áreas. O Senai, pertencente à Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), é voltado para a indústria. Oferece cursos em: Eletromecânica, Automação Industrial, Eletrotécnica, Informática, Mecânica, Modelagem do Vestuário, Produção de Moda, Segurança do Trabalho, Têxtil e Vestuário.

Segundo o diretor do Senai de Brusque, Jucimar Machado, todos os cursos têm demanda de mercado, pois a entidade faz uma pesquisa de lançá-los. “Tem demanda atual ou potencial”. Ele afirma que o curso de mecânica tem alta procura, pois o setor de metalurgia é forte na cidade.

Os cursos oferecidos pelo Senac, que é ligado ao setor de comércio e serviços, tem outro foco. Há, por exemplo, o Técnico em Enfermagem. A instituição é conhecida pelas capacitações que oferta e atua também na graduação. Neste ano, lançou dois cursos superiores em Brusque.

O Instituto Federal Catarinense (IFC) de Brusque irá ofertar cursos de Informática e de Química em nível técnico. Leonardo Calbusch, diretor de ensino, explica que eles oferecem um grande leque de opções.

“O curso de Informática é mais amplo, tem a parte de rede e de gestão de projetos, mas o foco é a programação”, diz. Já o de Química é voltado para processos têxteis e afins. O IFC pretende, ainda, lançar o técnico cervejeiro no meio de 2017.


Mais empregabilidade

Machado afirma que uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que nove em cada dez alunos que saem da instituições conseguem emprego em até um ano depois de formados. A colocação no mercado é rápida e a remuneração é equivalente ou superior a cargos de graduados em bacharel.

Na realidade local, onde a indústria ainda é muito forte, ele diz que o curso técnico apresenta-se como boa opção porque as empresas procuram profissionais que pensem e desenvolvam as melhores técnicas. “A empresa não é feita só de engenheiros”, afirma Machado.

Assim como o diretor do Senai, Elisandra, do Senac, diz que os cursos têm boa taxa de empregabilidade. Calbusch, do IFC, explica que o curso de Informática oferece uma vasta quantidade de opções de empregos. “Quase toda empresa tem um setor de TI [Tecnologia de Informação]”.

O diretor do instituto federal também ressalta que o técnico em Química tem mercado de trabalho em tinturarias e áreas operacionais, que são fortes na região.


Mais prática

Um dos motivos que leva à alta taxa de empregabilidade é a prática que envolve o curso. “Temos mais laboratórios do que sala de aula”, afirma o diretor do Senai. Diferentemente da graduação, que tem parte da base na teoria, o técnico é mais voltado ao “saber fazer”.

Apesar disso, Machado diz que os profissionais também “trabalham com computador” e tecnologia. Vários dos processos industriais, hoje, são computadorizados.


Mais acessível

O curso técnico tende, na maioria das vezes, a ser mais acessível do que as faculdades. Isso tanto no sentido econômico quanto de ensino. O primeiro ponto é que não é necessário o vestibular, o que poupa o tempo de estudo e dinheiro com cursinhos e afins.

Do ponto de vista financeiro, a qualificação técnica é vantajosa porque as mensalidades, geralmente, são mais baixas do que as graduações.

Outro ponto é que o curso técnico é mais curto do que uma graduação, justamente por não ter tanta teoria. Dura, em média, dois anos, enquanto um bacharelado normal leva quatro. No caso do IFC, os dois técnicos serão de um ano e seis meses – três semestres.


Apenas o início

O fato de já ter um técnico não impede que a pessoa faça uma faculdade. Pelo contrário. O diretor do Senai de Brusque avalia que o aluno que já tem uma formação deverá aproveitar mais a graduação, pois já terá uma base melhor.

Nesse sentido, o curso técnico se apresenta como uma porta de entrada para a qualificação profissional. Com o salário do emprego que já tem, o aluno pode almejar a universidade e a graduação.


Inscrições

Apenas o Senai e o Instituto Federal Catarinense (IFC) estão com cursos em aberto. No Senai, estão disponíveis Eletromecânica, Automação Industrial, Informática e Segurança do Trabalho. Cada um tem 35 vagas. Interessados ligar no 3251-8900 ou comparecer na instituição, que fica na avenida Primeiro de Maio, 670.

Já o IFC, campus Brusque, está com vagas abertas para cursos técnicos integrados ao ensino médio. No município são disponibilizadas 40 vagas para Química e 40 para Informática.

As inscrições para o processo seletivo devem ser feitas até esta sexta-feira, 30, no site e a taxa de inscrição é de R$ 10. O Exame de Classificação seleciona, por meio de uma prova, candidatos que concluirão o ensino fundamental até fevereiro de 2017. O Senac abrirá novas inscrições para cursos no próximo ano.