Da ansiedade à adrenalina: competidores de Jeep Cross relatam os momentos antes da prova de velocidade na Fenajeep
Em busca do menor tempo, pilotos precisam lidar com a emoção antes e durante as provas na pista
A ansiedade de entrar na nova pista indoor, com curvas de alta velocidade, da 29ª Festa Nacional do Jeep (Fenajeep) foi sentida pelos participantes da modalidade Jeep Cross neste sábado, 10.
Conforme a organização do evento, a pista foi pensada nos detalhes para desafiar os pilotos a competirem com segurança e buscando as melhores colocações. Em uma das competições, o primeiro da fila foi Dinaldo da Silva Costa, de 42 anos, da equipe Los Hermanos.
A escolha de ser o primeiro tem uma explicação: a pista recém limpa e reformada fica mais lisa, o que, segundo o piloto, pode ajudar no desempenho. Entretanto, a emoção vai crescendo a cada segundo antes da largada. “A gente sofre até quando chega na hora, a nossa adrenalina vai a mil por hora”, conta.
De Araucária (PR), Dinaldo conta que participa da Fenajeep desde 2004. Ele começou na modalidade através do irmão Dirleu. “Todo ano estamos juntos. A nossa equipe anda pelo país, temos uma família que sempre disputa pelo Brasil inteiro, esse aqui é o esporte que nós mais amamos”, ressalta.
Logo atrás, estava o integrante da equipe Tivy Motorsport, Silvio Alberto Ambrosi, 41, que participa da Fenajeep há muitos anos e já foi campeão seis vezes no evento. “A cada vez que a gente vem para Fenajeep é um aprendizado novo, tanto de pista, de preparação dos carros e pilotagem”, aponta.
Silvio relata que começou no esporte por volta de 2000. O início foi nas trilhas de Jeep, puxado pelo 4×4, o que o levou a ter experiência com Jeep indoor e, agora, com Jeep Cross. “Sempre desenvolvi carros 4×4, comecei com turbo, depois passei para aspirado, e agora estamos com os dois”, detalha.
Segundo o diretor de prova, Claudiomir Reitz, conhecido como Kiko, a pista, que possui cerca de 490 metros, é mais rápida que as tradicionais e exigindo o talento do piloto e performance do carro. “Uma pista competitiva e curta. É um circuito que deve chegar aos 24 segundos, então é uma pista que exige muita atenção do piloto”, detalha.
Para Silvio, o evento sempre é um desafio novo, mesmo que tenha a mesma pista. “A gente costuma dizer que a melhor corrida sempre é a próxima. Aqui, é uma pista nova e aumenta o desafio. Ninguém conhece e está todo mundo com bastante ansiedade para andar e fazer o melhor”, avalia.
“A preparação começa muito antes das provas. A concentração, principalmente na preparação dos carros. Não é só na prova que a gente tem que manter o foco”, continua.
Na hora da corrida, a emoção fica à flor da pele. “Adrenalina sempre é bom. Acho que tanto para nós quanto para o público, é uma emoção diferente do que estamos acostumados no dia a dia”, completa.
Vício em adrenalina
Conforme a organização, são mais de 40 competidores na categoria Jeep Cross, sem contar as provas que acontecem fora do complexo. Entre eles estava Eduardo Boer, 30, de Doutor Maurício Cardoso (RS) e integrante da equipe 49. Esta é a quarta edição da Fenajeep que ele participa.
A presença em eventos deste tipo, de acordo com ele, ocorre por um vício em adrenalina. “A gente desde pequeno gosta da adrenalina. É uma sensação diferente e vamos em busca disso. O cara não pensa muito, só pensa em acelerar e abaixar o tempo. É preciso controlar o emocional, tem que ter paciência, manter a calma e aproveitar a oportunidade quando a pista dá condições”, comenta.
Em seguida na fila, estava Joel Camargo, 17, de San Pedro, na Argentina. Ele atua na equipe junto do pai, César Camargo, e esta é a primeira vez dele na Fenajeep.
“O meu pai já correu em outras edições. É um evento único, muito grande, com pessoas de fora e um local muito bonito”, avalia. “Desde que eu me lembro, o meu pai corre e eu sempre estava junto olhando. Agora, tenho a oportunidade de correr e seguir com ele, junto com a minha família. É muito bonito”, continua.
Porém, a sensação buscada pelo jovem é alcançada na pista. “A adrenalina causa uma sensação única. Não tem comparação. É preciso ter controle emocional, senão você cai fora. É uma preparação mental, mais do que tudo”, finaliza.
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