Entretanto, o turno noturno começou a ficar puxado, o que fez Altamir mudar para a padaria da dona Zita Imhof. Na década de 1980, ele também trabalhou na padaria do Archer. Em 1990, criou uma sociedade com Vilmar Klann: a Panisklan. “Quando montamos a sociedade, a ideia era essa: quando tivéssemos pernas para andarmos sozinhos, abriríamos”, explica Altamir.
Foi quando, em 1993, surgiu a Panissa. Inicialmente, a padaria foi aberta em uma sala comercial alugada, na rua Florianópolis. Em apenas dois anos, a família comprou o terreno ao lado e construiu a sede atual.
Na época, trabalhavam no local Altamir e a esposa, a filha Patrícia e o padeiro Giovani Servino Leite, que foi colaborador da Panissa durante 29 anos.
Antes de começar a trabalhar no negócio da família, Patrícia, que tinha 21 anos na época, era digitadora e atuava no faturamento da Indústria Schlösser. Já os irmãos ainda eram crianças: Poliana Panissa Rocha tinha 6 anos, Priscila Panissa Coelho tinha 8 e João Paulo Panissa, 11.
Persistência, fé e honestidade
Durante muito tempo, o faturamento da Panissa foi sustentado pelo abastecimento de mercados, que ainda não faziam pão. A família recorda que uma vez foram feitos 8 mil pães em apenas um dia.
“A padaria no balcão foi persistência, pois não tínhamos movimento. A palavra desistir não teve local aqui. Eu cheguei a chorar em cima de saco de trigo, pensando ‘o que eu fiz?’, mas tive que tocar para frente sem deixar a peteca cair. Se não persistimos, o negócio não vai”, conta Altamir.
A família destaca a atuação do primeiro padeiro da Panissa, Giovani, que se aposentou recentemente. “Ele ajudou a criar a Panissa”, diz Altamir.