Danilo Rezini faz balanço da temporada do Brusque e se empolga com possibilidade de compra de terreno para estádio

Presidente acredita que clube está preparado para os desafios de 2022

Danilo Rezini faz balanço da temporada do Brusque e se empolga com possibilidade de compra de terreno para estádio

Presidente acredita que clube está preparado para os desafios de 2022

O Brusque terminou 2021 com o grande objetivo da temporada cumprido. A garantia da permanência na Série B, um desafio totalmente novo na história do clube, foi essencial para que o clube siga em sua trajetória de crescimento no cenário nacional.

Presidente reeleito do Brusque, Danilo Rezini classifica o ano como “extremamente promissor”, principalmente pelos resultados do time em campo.

Ele cita que o caso de injúria racial, as várias lesões e a troca de técnico foram grandes desafios, superados pela equipe no fim da temporada. Com mais experiência na competição, Danilo acredita que o clube estará pronto para o que terá pela frente em 2022.

“Se planejou uma equipe competitiva para permanecer na Série B. Começamos muito bem, mas tivemos uma queda de rendimento no segundo turno, que nos preocupou muito, tivemos que fazer várias contratações por causa de lesões, mudamos de técnico. Teve a perda de pontos, que também nos abalou muito. No final, até nos salvamos com certa tranquilidade. Com um pouco mais de sorte, poderia ter sido até melhor, mas faz parte do jogo. A Série B tem várias camisas pesadas, estruturalmente e financeiramente muito forte. Nossa participação foi boa”.

Finanças

A maior frustração da temporada do time foi a queda precoce na Copa do Brasil – o time caiu logo na primeira fase para o Retrô-PE. Após seis anos, o Brusque não vai disputar a Copa do Brasil em 2022. Após ser eliminado nas semifinais do Campeonato Catarinense em 2021, o clube decidiu não disputar a Copa Santa Catarina para focar na Série B, e não conseguiu vaga à maior competição de mata-mata do país.

Mesmo sem a verba garantida pelo avanço na competição nacional, Danilo destaca que o clube fechou o ano com as contas em dia. O Brusque trabalhou com um tripé de investimentos, que incluiu gastos com o futebol – incluindo 10% dos passes de Diego Mathias e Gabriel Taliari -, a dívida trabalhista e reformas no Augusto Bauer, além da premiação pela permanência na Série B e contratação de advogados para a defesa no STJD.

Além do objetivo cumprido em campo, o Brusque ainda fechou 2021 sem dívidas trabalhistas – o clube gastou quase R$ 2 milhões em acordo firmado neste ano.

Outra fonte de recursos importante que o Brusque tinha até 2021, a arrecadação pelos direitos de transmissão do estadual vai ter uma queda significativa. A TV Globo desfez o acordo, e agora os clubes fizeram contrato com a NSC, que é afiliada da emissora carioca. A distribuição de cotas, porém, será bem diferente.

Antes, o time recebia R$ 320 mil divididos em quatro parcelas pelos direitos do estadual. Agora, a NSC vai dividir entre os clubes 60% do que arrecadar em vendas de cota de publicidade.

“Nos últimos dois anos, com nossas boas campanhas na Copa do Brasil e o acesso à Série B, começamos a ter mais dinheiro no caixa. Aquelas dificuldades que tínhamos há três anos, não temos mais. Mesmo com todos os gastos, chegamos ao fim do ano com praticamente todas as contas em dia”.

Departamento de Futebol

Assim como em 2021, o Brusque pensa em contratações pontuais para o início da temporada 2022. Danilo conta que o clube pensa em manter a base que disputou a Série B e reforçar o elenco em posições específicas. O investimento maior será pensando na Segundona, mais perto do início do segundo semestre.

“Nosso Departamento de Futebol vem tendo resultados muito positivos, que, com muito critério, contrata jogadores para o clube. Com pouco, eles fazem muito. Aprendemos com a Série B e estamos fazendo uma reestruturação. Alguns atletas não terão contratos renovados, outros voltam para seus clubes de origem após fim de empréstimo, mas a base permanece. Como só temos a verba da CBF a partir de abril, temos que fazer uma equipe menos numerosa para o Catarinense, mas que será muito competitiva”, garante.

Estádio

O grande desafio do clube para os próximos anos é adequar a estrutura limitada ao tamanho que o clube alcançou esportivamente. Para 2021, o Brusque já fechou acordo com o Carlos Renaux para a utilização do Augusto Bauer no Campeonato Catarinense.

Em relação a 2021, os valores de aluguel do Augusto Bauer se mantêm – R$ 24 mil pagos pela Havan e R$ 6 mil pelo clube, pela exclusividade de uso -, mas agora o Brusque assume as despesas de água e energia elétrica. Caso o Camboriú jogue o Catarinense no estádio, o Quadricolor vai receber metade do que o time pagar ao Carlos Renaux.

“O Carlos Renaux tem nos servido muito. Temos muito a agradecer pela parceria, é fundamental ao Brusque. Claro que às vezes temos desentendimentos, mas cada um defende o seu. No fim, as coisas convergem para o mesmo lugar”.

Na Série B, porém, o Brusque não vai poder utilizar o Augusto Bauer, já que o regulamento da CBF prevê que os clubes joguem em estádios com, ao menos, 10 mil de capacidade – em 2021, uma exceção foi aberta por causa da pandemia. Há alguns meses, Danilo declarou que não continuaria na presidência se o clube não tivesse uma casa própria a partir de 2022, mas negociações recentes lhe deram esperança de que essa é uma realidade cada vez mais próxima.

“Precisamos jogar em Brusque. Jogar fora da cidade seria uma tragédia, tanto financeiramente, quanto esportivamente. Seria como jogar fora de casa todo o campeonato. Sempre tivemos desafios e agora eles são cada vez maiores. Mas também estamos mais preparados”.

Clube negocia para comprar terreno do Sesi | Foto: Sesi/Divulgação

O clube segue em tratativas para comprar o terreno do Sesi, na rodovia Antônio Heil, para construção de um estádio próprio, mas já trabalha com a possibilidade de construir arquibancadas móveis no local para atuar na Série B 2022.

“Existe sim a possibilidade da Arena Havan. As coisas vão acontecendo e teve um avanço na possibilidade de comprarmos o Sesi. Isso trouxe um monte de sonhos para mim, para o clube, a cidade e os torcedores. Seria o complexo esportivo mais bonito de Santa Catarina, coisa de primeiro mundo. Vamos brigar para termos o Sesi e fazer o projeto do Complexo Esportivo do Brusque, que vai orgulhar toda a população”.


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