Danos em bocas de lobo geram 50 trocas por mês

Motoristas e moradores imprudentes são os principais culpados pelos problemas, aponta engenheiro

Danos em bocas de lobo geram 50 trocas por mês

Motoristas e moradores imprudentes são os principais culpados pelos problemas, aponta engenheiro

Tampas de bocas de lobo danificadas em razão do tempo, da passagem de pedestres e de automóveis ou em razão da ação de vândalos são problemas recorrentes em Brusque. Moradores que transitam tanto pelas ruas do Centro quanto pelas ruas dos bairros verificam os danos diariamente. Para combater os estragos, a Secretaria de Obras realiza cerca de 50 trocas por mês e, em média, 100 reformas.

O órgão não caracteriza a demanda de consertos como dificuldade, ainda assim, confirma o recebimento semanal de solicitações de moradores que pedem a troca ou a reforma das tampas. Segundo a assessora de imprensa do órgão, Olga Luísa dos Santos, os funcionários atuam com um cronograma de consertos que, na maioria, partem da própria população.

“A Secretaria de Obras segue uma programação conforme as solicitações feitas diariamente pelos moradores através do telefone ou pessoalmente. Mas também quando os funcionários verificam em algum bairro o problema, eles repassam para o encarregado que define o cronograma. Aproximadamente, três bairros por mês recebem o serviço de manutenção”, diz.

As bocas de lobo construídas pelo órgão seguem o mesmo padrão. O motivo, de acordo com a assessora, está vinculado à troca de tampas. Com padrão pré-definido de concreto, explica Olga, é possível substituí-las. Do contrário, a prefeitura teria de atuar com mais de um modelo.

Nos locais em que o buraco de escoamento da água possui grades, a Secretaria de Obras atua com dois modelos: o de concreto e o de metal. A assessora explica que o de metal é utilizado em ruas de fluxo intenso que registraram danos anteriores nos materiais de concreto.
Solução

Reforçar o material das tampas de concreto e também das grades de metal diminuiria a demanda de trocas realizadas pela prefeitura. É o que afirma o engenheiro civil e integrante do Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque (Ceab), Murilo Ceconello. Ao mesmo tempo em que diminuiria a demanda, no entanto, elevaria os valores destinados à manutenção das bocas de lobo.

“O problema de melhorar o material é que tem custo elevado. Em vez de fazer duas tampas, seria feita apenas uma. Na verdade, o que acaba prejudicando as tampas e a grades é a própria população. Algumas pessoas costumam passar por cima sem se preocupar”, afirma o engenheiro. “Por exemplo, o motorista vai manobrar e sobe na tampa ou algum morador vai desentupir alguma grade e acaba arrancando parte do material. O problema é cultural. Se a população cuidar, não haveria o problema”, completa.

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