Dário Berger mais uma vez ignora candidato catarinense à presidência do Senado
Dário Berger mais uma vez ignora candidato catarinense à presidência do Senado
- Por Raul Sartori
- 01/02/2019
- 4:50
Túnel do tempo
Quando o então senador Luiz Henrique da Silveira foi candidato a presidência do Senado, em 2015, não contou com o voto do colega catarinense do mesmo partido (PMDB, hoje MDB), Dário Berger, que preferiu o corrupto Renan Calheiros. Seria demais esperar que hoje Berger vote no conterrâneo e arqui-inimigo Esperidião Amin (PP), um dos candidatos. Seu ensurdecedor silêncio indica que novamente prefere o coronel de Alagoas. E com voto secreto.
O interlocutor
Sondado desde dezembro de 2018, no mesmo dia – ontem – em que encerrou seu mandato de senador, Paulo Bauer aceitou ser o novo secretário especial da Casa Civil para o Senado. Assume o trabalho segunda-feira, com direito a gabinete no quarto andar do Palácio do Planalto. Será o responsável pela interlocução dali com os senadores, buscando a harmonia no relacionamento deles com a Presidência da República, com o ministro da Casa Civil, Onix Lorenzoni, e com os demais ministros de Estado. Também fará o acompanhamento dos trabalhos do Senado, o encaminhamento e apoio às reivindicações dos senadores junto aos órgãos da administração federal e o fornecimento de informações aos senadores sobre as atividades do Governo e das decisões de Jair Bolsonaro.
Unanimidade
Júlio Garcia tem tudo para conseguir os votos dos 40 deputados estaduais, hoje, na eleição para a presidente da Assembleia Legislativa. O tempo dirá se para este caso se pode aplicar, literalmente, a célebre frase do escritor brasileiro Nelson Rodrigues: “Toda a unanimidade é burra”.
Tchau
Vinte e dois deputados estaduais deixaram o Parlamento, ontem, o mesmo acontecendo com 11 dos 16 deputados federais catarinenses. Alguns deles ainda não entenderam o recado das urnas de outubro. Agora, talvez, fora da tribuna, consigam começar a entender a política de uma forma diferente, que não se assemelhe a um balcão de negócios.
Recordista
Instala-se hoje a nova legislatura da Assembleia Legislativa com a presença, entre os 40 deputados, de um recordista no parlamento estadual: Romildo Titon (MDB), 64 anos, produtor rural, começa a cumprir seu sétimo mandato seguido.
Previdência
Uma vez aprovada a reforma da Previdência, nove estados – SC ainda não se manifestou – já sinalizaram que imediatamente irão incorporá-la, e sem transição. Caso contrário falirão, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Ninguém preso
Fala-se tanto da roubalheira de décadas envolvendo a restauração da ponte Hercílio Luz, mas ninguém foi preso. Para a cadeia, por um tempo, foi o engenheiro Miguel Orofino, por supostos desvios de outra ponte, a vizinha Pedro Ivo Campos.
Buzão
Conforme ranking produzido pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Florianópolis tem hoje a segundo tarifa mais cara no transporte coletivo de passageiros: R$ 4,40. Cara e deixando muito a desejar, ainda. Em primeiro está a de Belo Horizonte: R$ 4.50.
Gente do mal
Só pode ser alguém de mal com a vida e consigo mesmo para se dar ao trabalho – e ao risco, já que pode ser investigado e preso – de espalhar “notícia” nas redes sociais sobre a previsão de um devastador furacão que estaria criando força no litoral catarinense, obrigando a Defesa Civil e desmentir.
Radical
Está pronto para ir ao plenário da Câmara dos Deputados um projeto de lei que vai criar polêmica, porque acaba com o direito de presos ao banho de sol e à recreação. Segundo a proposta, o condenado permanecerá na cela o tempo todo, admitindo-se sua saída apenas para o trabalho ou para receber assistência prevista em lei (material, à saúde, jurídica, educacional, social ou religiosa). Autor da proposta, o deputado Delegado Waldir (PSL-GO) considera que o horário do banho de sol e de recreação é utilizado pelos presos para acertos de contas, homicídios e fugas.
Palanque
De tirar o chapéu a extraordinária capacidade do ex-presidente Lula tirar proveito de qualquer fato – incluindo a morte de um irmão, esta semana – para transformá-lo em um palanque político, sempre se arvorando com o batido discurso de que é vítima, honesto e perseguido.