De férias, Brusque torce por retorno do estadual em 16 ou 17 de maio
Volta aos gramados é analisada pelo governo estadual; quadricolor teria contratos de patrocínio normalizados
Com mais 10 dias de férias, o Brusque estende a folga até 30 de abril, aguardando uma definição por parte do governo de Santa Catarina para liberar a volta do Campeonato Catarinense no fim de semana de 16 e 17 de maio. Um possível retorno tranquilizaria o quadricolor, que poderia contar novamente com os patrocínios hoje suspensos. A última vez que o Marreco entrou em campo foi em 15 de março, sendo derrotado com time reserva por 1 a 0 para o Figueirense, no Orlando Scarpelli.
A princípio, o plano era de retorno no final de semana anterior, mas com os clubes prolongando as férias, foi prorrogada a data tida como objetivo para a retomada do estadual. A Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina (SCClubes), em conjunto com a Federação Catarinense de Futebol (FCF), enviou um documento ao Governo de Santa Catarina listando uma série de medidas de segurança que utilizaria para a realização das partidas restantes com portões fechados. O pedido está em análise.
“Foi um documento muito bem redigido”, avalia o presidente do Brusque, Danilo Rezini. “Precisamos agora fazer algo diferente, com suporte técnico de profissionais de medicina. Teremos que nos adequar a algumas regras, mas vamos tentar reiniciar a competição. Somos a favor do retorno, desde que respeitando as determinações de todas as autoridades de saúde.”
Voltar à ativa significaria o esperado retorno do pagamento de alguns patrocinadores, que suspenderam os contratos durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). No entanto, o clube não estará livre de desfalques, pois não terá a renda da bilheteria em jogos importantes não apenas do Campeonato Catarinense. Se a Copa do Brasil retornar em um futuro próximo, a expectativa é de que seja com partidas sem público, e o Brusque tem por disputar o jogo de volta da terceira fase, contra o Brasil (RS) no Augusto Bauer.
Durante o primeiro mês da pandemia, o Brusque conseguiu honrar com todos os seus compromissos, pagando os salários integralmente, muito graças ao auxílio de R$ 200 mil da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). De acordo com Rezini, o mês atual já não apresenta as mesmas certezas. A última parcela dos direitos de transmissão do Campeonato Catarinense só será recebida quando a competição voltar.
“Não temos gás para permanecermos parados por muito mais tempo. Perdemos receitas de bilheterias, que ofereciam perspectivas muito positivas. Estamos fazendo a avaliação do fluxo de caixa para tomarmos as medidas. Ainda não temos como confirmar se precisaremos fazer alguma renegociação de salários como tantos clubes do Brasil estão fazendo.”