Defesa Civil afirma que a barragem de José Boiteux vai verter nas próximas horas
Essa é a primeira vez desde a construção que a barragem verte
Defesa Civil afirma que a barragem de José Boiteux vai verter nas próximas horas
Essa é a primeira vez desde a construção que a barragem verte
- 13/10/2023
- 13:23
O secretário da Defesa Civil, Coronel Armando, informou na manhã desta sexta-feira, 13, que a Barragem Norte, em José Boiteux, pode começar a verter a qualquer momento do dia.
As comportas da Barragem Norte foram fechadas no último domingo, 8, após conflito com os indígenas de José Boiteux.
Leia também: Barragem Norte em José Boiteux: entenda conflito entre indígenas e governo
Primeira vez que a barragem verte
A Barragem Norte impacta o nível do rio Itajaí-Açu, em Blumenau. Essa é a primeira vez desde a construção que a barragem verte. As barragens de Taió e Ituporanga também estão com todas as comportas fechadas e vertendo.
Durante coletiva de imprensa no aeroporto Quero-Quero, em Blumenau, o Coronel Armando explicou mais detalhes sobre a situação das barragens.
“A barragem de Taió está vertendo há dois dias, a de Ituporanga também está vertendo. A barragem de José Boiteux nunca verteu, tem capacidade de 357 milhões de metros cúbicos, mas o nível da água está em 96,5% da sua capacidade de contenção. O verter é natural, as pessoas às vezes confundem verter com romper. Verter faz parte da segurança da barragem, a água passa devagar pela barragem e cai na calha do rio e segue o fluxo, só aumentando o volume de agua que vai descer. (…) A gente ainda está contendo uma quantidade grande de água em todas as três barragens”, explica o coronel.
Abertura das comportas
O secretário ainda falou sobre o motivo de ainda não ser possível abrir as comportas.
“Nós operamos de forma técnica, quando chega num nível de segurança que a gente já tem levantado, a gente vai abrir as comportas para começar o escoamento. Eu não posso abrir muito cedo, porque Blumenau ainda tem mais de 10 metros de água. Se eu abrir agora, eu inundo Blumenau. A mesma coisa acontece desde Taió e Ituporanga, a gente vai vendo o nível, temos esses dados mapeados. Às vezes sofremos pressão de ‘tem que abrir a barragem’, mas não é o momento” afirma o Coronel Armando.
Colaborou: Eliz Haacke
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