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Parque inundável: Defesa Civil considera positiva proposta de construção em Brusque

Objetivo central dos parques inundáveis é enfrentar cheias de rios e ribeirões

A proposta para que seja construído um parque inundável no bairro Steffen, em Brusque, é vista com bons olhos pela Defesa Civil local. O objetivo da sugestão do vereador Rick Zanata (PRD) é que área funcione como uma esponja para absorver as águas que invadem a cidade em período de cheias do rio Itajaí-Mirim e ribeirões.

A avaliação positiva é do coordenador da Defesa Civil, Edevilson Cugiki. Ele, porém, defende que o ideal seria a construção de diversos parques inundáveis espalhados pela cidade.

“Seria bastante positivo [o parque]. Atenua tanto as enxurradas nos ribeirões quanto a quantidade de água que o ribeirão despeja no rio Itajaí-Mirim. O interessante seria que não tivesse apenas um parque inundável, mas sim vários”, avalia.

O terreno proposto pelo vereador foi adquirido pela Prefeitura de Brusque em 2020 e fica na rua Olga Day de Souza e Silva, perto do campo do América. O espaço em que ele sugere a construção do parque tem 8,5 mil metros quadrados de área útil.

Rick propõe, inicialmente, que seja realizado um estudo na área do terreno. Na prática, existem diversos trâmites com órgão ambiental competente que precisam ser seguidos para que a ideia saia do papel.

Marcação de área do terreno no Steffen. Foto: Reprodução

Cugiki comenta que seria necessário analisar o terreno como todo para afirmar que a área funciona de forma adequada como parque inundável. O coordenador, por outro lado, diz que o terreno fica em uma baixada, então acredita que seria bom para receber o parque.

Alguns mecanismos para retenção das águas precisariam ser construídos. Os equipamentos instalados no parque também teriam que ser mais rígidos e a vegetação adequada para não morrer após a água tomar o espaço.

“Vejo com bons olhos”, diz prefeito

A prefeitura estuda construir praças pela cidade no ano que vem. Um dos espaços que pode receber uma das estruturas é o terreno no Steffen. No entanto, o prefeito de Brusque, André Vechi (PL), considera a proposta de Rick positiva para mitigar danos após cheias.

“Acho a ideia boa. Em tempos bons, é um espaço de lazer. Pode ajudar a mitigar o impacto das cheias nos bairros. É claro que os equipamentos têm que ser muito mais robustos para que não sejam tão facilmente danificados. Vejo com bons olhos”, diz o prefeito.

Vechi, porém, comenta que a proposta ainda é inicial. O prefeito pontua que não é possível precisar se a ideia será colocada em prática, pois a administração necessita de mais informações sobre a obra, como, por exemplo, se a construção será simples ou complexa.

Diferentes modelos

Um município da região que deve contar com um parque inundável em breve é Camboriú, na Foz do Rio Itajaí. Em novembro, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) aprovou licença ambiental para implantação do chamado Parque Inundável Multiuso do Rio Camboriú.

Espaço que vai virar parque inundável em Camboriú. Foto: Governo de Santa Catarina/Divulgação

Existem, porém, diversos modelos de parques inundáveis. Cugiki detalha que o parque de Camboriú é diferente do que poderia ser construído em Brusque. Há mecanismos que armazenam água, outros que possuem uma pequena vazão e ainda aqueles que retêm água até evaporar.

O modelo de Camboriú, além de enfrentar as cheias, também deve garantir maior segurança hídrica para o município, Balneário Camboriú e região com armazenagem. “Em Brusque, a princípio, deveria ser inundado somente em caso de uma enxurrada ou uma chuva mais forte”, diz Cugiki.


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