Defesa Civil de Brusque finaliza estudo para ampliação de rede de telemetria
Sistema será implantado em Vidal Ramos após o órgão conseguir angariar recursos
Há pouco mais de um mês, a Defesa Civil de Brusque finalizou o estudo para a implantação de uma rede de telemetria em Vidal Ramos, município onde nasce o rio Itajaí-Mirim, que passa ainda por Botuverá, Brusque e Itajaí. Agora, a equipe trabalha na conclusão do projeto, que será utilizado para angariar recursos.
De acordo com o coordenador do órgão, Eliseu Müller Júnior, um sensor, um rádio de transmissão e uma estação repetidora (equipamento que transmite os dados para a antena de Brusque) integram o sistema. Ao todo, os três itens custarão R$ 80 mil.
“O principal objetivo da nova estação de telemetria em Vidal Ramos é dar antecedência na previsão de qualquer enxurrada para que o município se prepare. Com isso, não acontecerá o que aconteceu em 2011, que ficamos sem informação”, avalia Júnior.
A rede, que estará alocada na Ponte do Salseiro, dará em média 12 horas de antecedência para manter a população informada. Diferente do que ocorre hoje com as dez estações de Brusque e de Botuverá.
“Temos apenas uma estação fora da cidade, que é a de Botuverá, mas quando a água chega em Botuverá, devido à proximidade dos municípios, nos dá pouco tempo para fazer a prevenção”, explica o coordenador.
Para finalizar o estudo, a equipe da Defesa Civil conversou com a Prefeitura de Vidal Ramos, que autorizou a implantação da estação.
Agora, a previsão é de que o órgão finalize o projeto até meados de novembro. A partir disso, poderá buscar recursos.
“Nós buscamos parceria com a Justiça e outros, até com o Ministério Público, para viabilizar a implantação. Não temos um órgão exclusivo pra solicitar isso e a prefeitura não tem recursos. Vamos tentar sensibilizar os outros órgãos para conseguir”, diz.
Após garantir os recursos, Júnior estima que a estação seja concluída em, no máximo, 30 dias. Para ele, a estação é de suma importância para o município.
“Com o sistema, vamos poder informar a população caso tenham que sair de casa por causa de enchente. Com certeza já deveria ter sido feito há mais tempo isso. Mas na verdade não se tinha essa tecnologia antigamente. Hoje em dia temos sistemas de tecnologia de ponta. A mesma utilizada em Itajaí e Balneário Camboriú”, argumenta.