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Defesa Civil estima regularizar 40% das áreas de risco de Brusque em um ano

Atualmente, são 917 os locais interditados no município, desde a cheia de 2008

A Prefeitura de Brusque, por meio da Defesa Civil, iniciou em junho deste ano trabalho técnico que visa a liberação das residências identificadas como área de risco, e que estão interditadas pelo órgão. São 917 locais que foram mapeados desde a cheia de 2008, e que contemplam também as casas interditadas pelas cheias de 2011, 2013 e a mais recente, de outubro.

O governo municipal informou que o objetivo é garantir que em um ano 40% das regularizações sejam efetuadas. Com o auxílio de um engenheiro estruturalista, que realiza trabalho voluntário na Defesa Civil, os técnicos retornam aos locais interditados e definem os reparos necessários para a liberação do imóvel.

Para facilitar a ação, os fiscais fizeram uma pré-seleção, verificando se as medidas paliativas solicitadas após a primeira vistoria, realizada na maioria dos casos, pelos engenheiros do Clube de Engenheira, Arquitetura e Agronomia de Brusque (Ceab), atendem os requisitos de segurança necessários para revogar a interdição.

A monitora da Defesa Civil de Brusque, Aichha Carolina Pereira, afirma que as interdições serviram para garantir a segurança da população, principalmente quando se trata de desmoronamentos de terra ou problemas estruturais nas residências.

Até o fim da última semana, 120 vistorias foram realizadas. Inicialmente, foram selecionadas as que possuem viabilidade financeira e estão regularizadas para uma possível liberação do imóvel. A Defesa Civil informou que, até o momento, 16 residências foram liberadas para execução de reparos. O agente da Defesa Civil, Ricardo Burigo, afirma que grande parte das residências interditadas são oriundas da cheia de 2008.


Maior parte das interdições é temporária

Das 917 interdições, 569 foram de caráter temporário e 348 definitivas. As famílias atingidas que tiveram suas casas interditadas definitivamente foram direcionadas para alugueis sociais e outras para programas habitacionais, como o residencial Sesquicentenário.

Os técnicos da Defesa Civil destacam ainda que, após a vistoria, um relatório é entregue ao morador, que auxilia na venda do terreno e na regularização do imóvel no município. Em casos de construções irregulares, o órgão alerta a comunidade para que seja denunciado, visto que futuramente ela pode comprometer o terreno como um todo.