Delegado fala sobre caso de jovem de 19 anos assassinada brutalmente em Gaspar

Conheça mais detalhes envolvendo a investigação da morte de Luciana Avancini

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Conheça mais detalhes envolvendo a investigação da morte de Luciana Avancini

No início da tarde desta sexta-feira, 4, quatro pessoas foram detidas por suspeita de terem matado Luciana Avancini, de 19 anos, que foi encontrada por trilheiros em Gaspar. Após ser brutalmente esfaqueada, a cabeça dela foi desfigurada, o que inicialmente levou a acreditar que ela teria sido decapitada.

De acordo com o delegado Bruno Effori, o inquérito do homicídio foi instaurado desde o início para apurar a suspeita de disputa entre facções criminosas rivais do Paraná e de São Paulo que possuem ramificações aqui em Santa Catarina.

Eles já tinham conhecimento de que a vítima fazia parte de uma facção criminosa e os principais suspeitos estavam na rival. A irmã mais nova dela foi uma das primeiras investigadas.

O homicídio foi cometido após a adolescente colocar Luciana para dentro de sua casa e receber a ameaça da facção que integra. Eles afirmaram que matariam ela e o namorado, ambos de 17 anos, se eles não executassem a irmã mais velha dela.

Toda a ação foi gravada pelo motorista do Uber que os levou até o local do crime, Rodrigo Oening Pardinho, de 23 anos. Ele foi preso juntamente com o cunhado da irmã mais nova e Luciana, Wilan Roque da Silva Lima, de 19 anos.

Rodrigo e Wilan, presos na tarde desta quarta-feira. Foto: Polícia Civil/Divulgação

O motorista do aplicativo teria inicialmente apenas levado os jovens até o matagal no interior de Gaspar, mas após o crime participou do homicídio instigando o ataque e gravando o vídeo.

Segundo o delegado, o vídeo mostra Luciana de joelhos confessando ser integrante da facção criminosa. Em seguida, ela foi assassinada com golpes de pé de cabra pelo adolescente, namorado da irmã dela, e facadas dadas por Wilan.

Facas utilizadas no crime. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Naturais do Paraná

Effori destaca que ambas eram naturais do Paraná, como já havia sido relatado pela irmã mais velha de ambas. De acordo com ele, a vinda para Blumenau se deu após elas sofrerem ameaças das facções no estado vizinho. Vindo para Santa Catarina, elas ficaram nas casas de outros integrantes, o que teria iniciado a disputa entre as facções.

Na casa em que os adolescentes detidos estavam, vários pertencentes de Luciana foram encontrados. Alguns até mesmo foram queimados na tentativa de apagar os vestígios do crime.

Polícia Civil/Divulgação

Veja o vídeo do delegado falando mais sobre o caso:

Colaborou Cristóvão Vieira

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