Depoimento da advogada de Brusque Bárbara Baron à Justiça é adiado
Audiência realizada na sexta-feira em Florianópolis ouviu todas as testemunhas, mas a defesa de Bárbara solicitou que o depoimento dela, que está presa em Joinville, seja colhido pessoalmente
Na última sexta-feira, 24 de maio, a Justiça Federal realizou a primeira audiência de instrução e julgamento do caso que envolve a advogada Bárbara Baron. Durante a audiência, realizada em Florianópolis, foram ouvidas 11 testemunhas do processo, parte delas através de videoconferência com as cidades de Erechim, no Rio Grande do Sul, e Brusque.
Bárbara também seria interrogada por videoconferência, já que a advogada permanece presa no 8º Batalhão da Polícia Militar (8º BPM), em Joinville, porém, segundo informações do procurador da República em Florianópolis e autor da denúncia, Marco Aurélio Dutra Aydos, a defesa de Bárbara solicitou que o interrogatório dela fosse realizado pessoalmente.
O pedido foi acatado pela juíza da 1ª Vara Federal Criminal, Ana Cristina Krämer, e o depoimento adiado para o dia 7 de junho, às 14 horas, em Florianópolis.
Testemunhas
O procurador disse que todas as testemunhas deram seus depoimentos sem problemas, porém, a fase de instrução só termina depois do interrogatório de Bárbara, que ouviu todas as declarações. Ao todo, são duas testemunhas da acusação, quatro testemunhas dos assistentes de acusação, uma em comum dos assistentes de acusação e da defesa e mais quatro testemunhas da defesa.
Apesar de todas já terem feito suas declarações, o procurador explica que a instrução só termina depois que Bárbara for interrogada, e por isso nenhuma informação sobre os depoimentos pode ser divulgada (o processo corre em segredo de justiça).
– O correto é que se analise exatamente cada coisa que cada testemunha disse, qual foi o sentido da prova, para a hora de fazer o pedido final, de condenação, ou a defesa, para pedir a absolvição. Então tudo o que se disser para a imprensa agora seria um pouco temerário – comenta Aydos.
A reportagem do Jornal Município Dia a Dia tentou entrar em contato com o advogado de Bárbara, Marcos José Campos Cattani, mas não recebeu retorno.
Relembre o caso
A advogada Bárbara Baron Silveira, 33 anos, foi presa no dia 17 de abril pela Polícia Federal de Itajaí. Sobre ela pesam as acusações de crimes contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro.
Segundo o procurador da República que ofereceu a denúncia, Bárbara teria arrecadado de forma clandestina cerca de R$ 30 milhões em pouco mais de um ano, até a data em que foi presa.
Atualmente, Bárbara permanece detida em uma unidade da Polícia Militar em Joinville, pois por ser advogada tem o direito de aguardar a conclusão do processo em sala do Estado-Maior