Depoimento da CPI das oficinas aponta documento falsificado
Proprietário da BBI, Joel Floriani, diz que os orçamentos apresentados em nome de sua empresa não são legítimos
Mais cinco testemunhas foram ouvidas na tarde de ontem, na Câmara de Vereadores, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas fraudes em contratos de oficinas mecânicas com a Prefeitura de Brusque.
A CPI, formada por cinco vereadores, tem um novo membro desde ontem. Com a saída do suplente Célio de Souza (PMDB), o partido indicou o vereador Guilherme Marchewsky para ocupar a vaga do ex-vereador nas investigações.
O proprietário da empresa Brusque Bombas Injetoras (BBI), Joel Floriani, foi um dos depoentes na tarde de ontem. Ele afirma que nunca fez serviços para a Prefeitura de Brusque, mas para a Auto Mecânica MG e a NIT Clínica Automotiva – empresas investigadas – é comum. “Não posso dizer se consertei algum veículo da prefeitura porque pra mim a peça vem desmontada, não sei de que carro é”, afirma.
Quando questionado pelo vereador relator Ivan Martins (PSD) se já fez orçamentos a pedido da MG e da NIT para a prefeitura, Floriani disse que não. Martins então mostrou orçamentos supostamente realizados pela BBI em 2012, no entanto, o proprietário da empresa afirma que os documentos não são legítimos. “Esse é um documento interno da nossa empresa que eu usava antigamente para fazer ordens de serviço. Mas não fizemos esse orçamento porque nem trabalhamos com essas peças descritas aí”.
Floriani também não reconheceu a assinatura dos documentos. “A letra não coincide, não reconheço esta assinatura e também não tem o carimbo de minha empresa”, declara. Ele afirma ainda que já prestou esclarecimentos ao Ministério Público sobre a investigação.
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