Depois de reclamação de cadeirante, Cine Gracher readequará espaços
Cadeirante desabafou no Facebook sobre espaço destinado a ele no cinema do Shopping Gracher
Há cerca de 10 dias, um cadeirante desabafou no Facebook sobre o local destinado a ele na sala 1 do cinema do Shopping Gracher. No relato, o cadeirante disse que não havia espaço para colocar a cadeira de rodas e, por isso, teve de ficar no meio do corredor da sala, de lado para a tela.
Questionado pela reportagem sobre o fato, o sócio-diretor do Cine Gracher, Sandro Gracher Baran, disse que, a partir da semana que vem, o cinema começará a ampliar e melhorar os espaços destinados a cadeirantes nas três salas do cinema do shopping.
“Antes de ele ter vindo na sessão e de ter colocado no Facebook, nós já estávamos com um projeto desde dezembro do ano passado. Temos que mexer nas poltronas e vamos readequar um espaço mais centralizado”, disse.
Segundo Baran, as três salas do shopping contam com espaços destinados aos cadeirantes, porém, argumentou ele, o projeto é de anos atrás e não comporta as cadeiras de rodas produzidas atualmente.
“A cadeira de rodas que ele tem é eletrônica e maior e o espaço não comportava. Ele acabou ficando desconfortável pra assistir ao filme. Mas nós já conversamos com ele, pedimos desculpas e explicamos a situação. E ele será convidado para voltar quando as adequações estiverem prontas”.
O sócio-diretor afirmou ainda que a reclamação do cadeirante foi pertinente para o cinema colocar o projeto de readequação em prática. De acordo com Baran, a direção apenas percebeu a gravidade do problema devido à cadeira de rodas do usuário.
“Nós só percebemos que é algo que tem de ser feito logo por causa do tamanho da cadeira que ele usa, com as outras cadeiras era tranquilo. Isso foi um alerta para nós. Vamos fazer espaços parecidos com os do cinema da Havan, que são mais amplos”, disse.
Relato
No relato postado no Facebook, o cadeirante disse que mesmo com cerca de apenas 20 pessoas na sala não havia um “bom lugar” para colocar a cadeira. Ele reclamou também de dores no pescoço após o filme.
“Mesmo indignado fiquei até o final do filme e terminei com fortes dores no pescoço. Faz poucos anos que essa sala foi reformada e não reservar um bom lugar para os cadeirantes é no mínimo uma vergonha”, relatou.