Deputados analisam projeto que exige câmera em serviço de banho e tosa em petshops
Alguns estabelecimentos de Brusque já contam com o monitoramento
Alguns estabelecimentos de Brusque já contam com o monitoramento
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou proposta que obriga estabelecimentos comerciais que ofereçam serviços de tosa e banho de cães e gatos a permitirem aos clientes visão total da execução desses serviços.
O texto também determina a instalação, por esses estabelecimentos, de sistema de câmeras conectadas à internet que permitam aos clientes acompanhar os procedimentos de banho e tosa.
As medidas estão previstas no Projeto de Lei 1855/15, do deputado Herculano Passos (PSD-SP). Segundo o texto, o descumprimento das normas sujeitará o infrator às sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e previstas na Lei de Crimes Ambientais.
Em Brusque, alguns pet shops já contam com o monitoramento de seus serviços. Na Pet Center, o videomonitoramento é feito há dois anos, no entanto, as imagens não são disponibilizadas via internet, como prevê o projeto em análise. “Nosso serviço já é monitorado, mas não é apresentado ao cliente. Até hoje não precisamos, mas se o cliente ficar com dúvida e desejar ver a imagem do serviço sendo realizado em seu animal, podemos disponibilizar”, diz o proprietário, Vanderlei dos Reis.
De acordo com ele, o monitoramento por câmeras funciona como uma segurança tanto para os funcionários, quanto para os clientes.
“Algumas vezes, o animal pode ter predisposição a algum problema que aparece depois do banho, mas não foi causado pelo banho. Então, o cliente pode assistir as imagens e ver que o problema não foi causado pelo serviço realizado no pet shop”.
Na Clínica Veterinária Fofinhos, o videomonitoramento interno é feito há 12 anos, inclusive, na área onde é realizado o banho e a tosa. Uma das funcionárias, Jéssica Pereira, afirma que até o momento não houve solicitações de imagens por clientes. Ela também considera que as câmeras são uma segurança para o pet shop. “Achamos importante ter esse monitoramento”, diz.
Vanderlei Reis, da Pet Center, acredita que se o projeto for aprovado e virar lei, não deverá encarecer o serviço. “O pet shop vai gastar apenas uma vez com a instalação. Claro que o custo inicial é elevado, mas acredito que não encarecerá o serviço. Acredito que o futuro será o monitoramento por vídeo, é mais barato, inclusive, do que ter que reformar o espaço para dar visibilidade aos clientes”.
Na Dog Style ainda não há o videomonitoramento. O proprietário, Cesar Prodócimo, afirma que se a lei for sancionada, irá se adequar, no entanto, ele não vê necessidade. “Nunca tive problemas com meus clientes. Trabalhamos em família e tratamos muito bem os animais. Acredito que encarecerá um pouco o custo para os clientes, mas se virar lei, vamos nos adaptar”.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.