Derrotado por 1 a 0 para o Figueirense, Brusque perde o título da Recopa
Rafael Marques marcou o gol alvinegro aos 17 minutos do segundo tempo; melhores momentos do Brusque foram na primeira etapa
Derrotado por 1 a 0 para o Figueirense, Brusque perde o título da Recopa
Rafael Marques marcou o gol alvinegro aos 17 minutos do segundo tempo; melhores momentos do Brusque foram na primeira etapa
- 04/07/2019
- 20:56
O Brusque foi derrotado pelo Figueirense por 1 a 0 e se tornou vice-campeão da Recopa Catarinense nesta quinta-feira, 4, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. O gol de Rafael Marques aos 17 minutos da segunda etapa deu ao Figueirense o título da primeira edição do torneio. Foi a primeira derrota da carreira de Waguinho Dias no Orlando Scarpelli, após duas vitórias e dois empates.
Equilíbrio
O jogo foi bastante aberto, com as equipes buscando o gol e trocando ataques perigosos entre si. Waguinho Dias havia deixado claro que o Brusque buscaria o ataque, e foi o que aconteceu. Pelas laterais, Jefferson Renan e Thiago Henrique participavam bem das jogadas. Thiago Alagoano e Romarinho faziam a articulação pelo meio.
O Figueirense teve a primeira boa chance. Aos quatro minutos, após cruzamento de Victor Guilherme, Zé Carlos não conseguiu segurar a bola. Por sorte, Edílson estava bem postado e evitou que o Figueirense completasse a jogada. Mas a jogada seguiu com novo cruzamento e Fellipe Mateus, de cabeça, cabeceou por cima.
A resposta do Brusque veio na sequência. Jefferson Renan fez boa jogada pela esquerda, e passou para Romarinho no meio. O camisa 10 serviu Thiago Henrique, que de dentro da área chutou forte. Denis fez boa defesa e a zaga foi forçada a ceder um escanteio.
Aos 17, Fellipe Mateus aplicou belo drible na entrada da área e ficaria de cara com Zé Carlos, mas foi travado no último segundo. O Brusque respondeu bem duas vezes. Aos 18, Jefferson Renan fez belo lançamento para Thiago Henrique, que deixou Júnior Pirambu na cara do gol. O centroavante, desequilibrado, carimbou o travessão, mas já havia impedimento na bola recebida por Thiago Henrique. Instantes depois, uma bomba de Thiago Alagoano arriscou de fora e obrigou Denis a fazer boa defesa para escanteio.
Ianson absoluto
A partir dos 30 minutos, o Figueirense começou a ter o controle da partida, mas sem conseguiu finalizações de perigo. Aos 35, Willian Pop recebeu belo passe em profundidade de Tony. De cara pro gol, o atacante alvinegro foi desarmado com um carrinho recheado de classe por parte de Ianson, jogando a bola para escanteio. Na cobrança, Alemão cabeceou mais para o chão do que para frente. Antes que a jogada fosse completada, Zé Carlos tirou de soco.
Ianson ainda seria providencial aos 38. Victor Guilherme recebeu ótima bola e sairia livre com Zé Carlos. Antes que pudesse alcançar a bola, o zagueiro saiu de seu posto e cortou a jogada com autoridade.
O lance polêmico
Instantes depois, Jefferson Renan reclamou um pênalti. Ele partiu para cima de Matheus Destro e quando levou para a direita, foi tocado e caiu. O árbitro Fernando Henrique Miranda deixou seguir, e segundos depois ainda aplicou um cartão amarelo ao camisa 11 por reclamação.
Domínio alvinegro
A segunda etapa começou mais agitada. Quem começou com perigo foi o quadricolor. Perto dos três minutos, Júnior Pirambu se esticou para completar um cruzamento vindo da esquerda, mas a bola passou direta.
O Figueirense respondeu na sequência. Após boa troca de passes na intermediária, Betinho chutou bem. A bola foi desviada para escanteio por Aírton. Na cobrança, Alemão subiu bem e cabeceou, mas a bola saiu pela linha de fundo. Aos seis, Victor Guilherme mandou uma bomba de fora da área e a bola passou próxima ao travessão de Zé Carlos.
Era o alvinegro quem dominava a partida, e o Brusque não conseguia mais ter nenhum controle sobre o meio-campo. O Figueirense chegou a pedir pênalti perto dos 15 minutos, quando Ianson desarmou Tony em lance polêmico.
Aos 17, o Figueirense apanhou a defesa brusquense em contrapé e abriu o placar. Rafael Marques abriu com Willian Pop pela direita. Dentro da área, o ponta fez o passe de volta para o centroavante, que finalizou no canto esquerdo de Zé Carlos, já na entrada da pequena área.
O Brusque tentou uma resposta imediata, mas não conseguiu criar grande perigo. O Figueirense ainda teve chances de ampliar, principalmente em um bom chute de Andrigo, que recebeu dentro da área na faixa dos 20 minutos. Zé Carlos fez ótima defesa.
Esforçado, mas já desorganizado ofensivamente, o quadricolor não conseguiu uma reação à altura do que era necessário para empatar.
Cinco alterações
O regulamento permitia até cinco substituições por equipe, com três interrupções para cada equipe. O Figueirense fez as cinco enquanto o Brusque fez três.
Boa avaliação
O técnico do Brusque, Waguinho Dias, ficou satisfeito com a atuação. “Todos sabem que fizeram uma boa partida, jogaram de igual para igual. Deixamos imagem positiva, mostramos que o Brusque é forte. Recebemos muitos elogios, o Hemerson Maria e o pessoal do Figueirense falaram que não enfrentaram equipe na Série B do Brasileiro até agora como nós. Uma equipe que sai jogando, propõe o jogo, sai na hora do gol. A gente fica orgulhoso, lisonjeado.”
Ele afirma que a equipe poderia ter vencido, principalmente com o pênalti não marcado sobre Jefferson Renan no primeiro tempo. “Mas não é isto (o pênalti) que vai nos abalar. O clima é o mesmo, o momento é bom. Nosso momento é na segunda-feira. Quando se joga contra uma boa equipe de Série B, jogar o que jogou, mostrar o que mostrou, quem ganha é o Brusque. Fiquei muito contente com que ouvi do Brusque hoje”, completa.
O meia Romarinho também aprovou o jogo. “Foi uma partida gostosa de jogar. O campo nos deu condições muito boas para trabalhar a bola. Se jogamos jogar bem no gramado do Augusto Bauer, aqui também fica mais fácil. Participar de uma final é importante, dá visibilidade a todos. Nosso foco é segunda-feira. Claro que queríamos ganhar, mas infelizmente não aconteceu.”
Figueirense 1×0 Brusque
Recopa Catarinense
Final – jogo único
Quinta-feira, 4 de julho de 2019
Estádio Orlando Scarpelli – Florianópolis
Público pagante: 1.923
Renda: R$ 16.375
Figueirense: Denis; Victor Guilherme, Alemão, Ruan Renato, Matheus Destro (Júlio Rusch 34′-2ºt); Zé Antônio, Betinho (Patrick 27′-2ºt), Tony; Fellipe Mateus (Juninho 22′-2ºt), Willian Pop (Andrigo 27′-2ºt) e Rafael Marques (João Diogo 22′-2ºt).
Técnico: Hemerson Maria
Brusque: Zé Carlos; Edílson, Ianson, Magrão, Aírton; Gama (Zé Mateus 23′-2ºt), Thiago Alagoano, Romarinho; Jefferson Renan, Júnior Pirambu (Vinícius 34′-2ºt) e Thiago Henrique (Leilson 23′-2ºt).
Técnico: Waguinho Dias
Trio de arbitragem: Fernando Henrique Miranda, auxiliado por Johnny Barros de Oliveira e Bruno Müller.
Gols: Rafael Marques (17′-2ºt)
Cartões amarelos: Victor Guilherme; Jefferson Renan.