Derrotados nas eleições deste ano, políticos de Brusque avaliam concorrer a deputado em 2018
Parte deles afirma que nome está à disposição, mas alguns descartam a possibilidade
Parte deles afirma que nome está à disposição, mas alguns descartam a possibilidade
Alguns dos candidatos a prefeito e a vice-prefeito de Brusque derrotados na eleição de 2 de outubro afirmam que estão à disposição para concorrer aos cargos de deputado estadual ou federal nas próximas eleições gerais, que serão realizadas em 2018.
Odirlei Dell’Agnolo, o Bah (SD), que ficou em quarto lugar na eleição para prefeito, diz que deve continuar trabalhando para eleger-se a um cargo político. Para isso, é claro, precisará ter o apoio do partido, já que a candidatura depende do cenário político estadual em 2018.
“Hoje eu posso dizer que seria [candidato]”, afirma Bah, que deverá se candidatar se o partido o autorizar.
“Temos uma luta para fazer, tem aí os exemplos do Rio de Janeiro [que teve dois ex-governadores presos], nós que somos jovens não podemos deixar isso na mão desses caras que estão destruindo o Estado”, justifica o candidato do SD.
Quem também colocará seu nome à disposição para concorrer é o presidente da Câmara, Roberto Prudêncio Neto, do PSD, que disputou a eleição municipal como candidato a vice-prefeito na chapa do empresário Jadir Pedrini (PROS).
“O meu nome está à disposição do PSD, mas é muito cedo para conversar a respeito de uma nova candidatura”, diz Prudêncio.
O fato do seu partido comandar o governo do estado também é um fato que gera indefinição nas candidaturas, segundo o presidente da Câmara de Vereadores. É preciso que se estabeleçam arranjos políticos regionalizados.
“É definido em conjunto quem concorre a deputado estadual e federal, é dividido por regiões”.
Avaliação de candidatura
Jones Bosio, do DEM, que obteve o melhor resultado entre os candidatos derrotados, ficando em segundo lugar, com pouco mais de 11 mil votos, é outro que avaliará a possibilidade, mais adiante.
“Eu digeri bem a derrota. Para mim foi uma vitória ficar no segundo lugar nesta eleição”, diz Bosio. “Estou sempre à disposição do partido”.
No entanto, afirma que ainda há indefinições. Ele analisa convite para trabalhar em Brasília, e também acompanha a disputa pela presidência da Câmara, na qual o bloco parlamentar formado por DEM e PEN já está analisando possibilidades.
“A nossa coligação tem três votos, o momento agora é de analisar essa questão. Há outros também, como o próprio Moacir que está no DEM, e outros que estão vindo”, diz.
Ele se refere ao vereador Moacir Giraldi, que já concorreu a deputado federal e fez mais de 10 mil votos. Giraldi, no entanto, não foi localizado pela reportagem para informar se pretende ou não concorrer novamente.
Bosio garante, entretanto, que haverá candidaturas a deputado federal e estadual do DEM de Brusque.
Candidaturas descartadas
Outros candidatos não manifestam interesse em concorrer. Gustavo Halfpap, do PT, descarta completamente a possibilidade, embora, historicamente, o PT de Brusque sempre lance candidatos a deputado federal ou estadual.
“O nosso partido vai ter candidatos, como sempre, mas aí é outro perfil. Pessoalmente, não tenho a menor disposição. O meu perfil é de Executivo, para trabalhar no serviço público”, afirma Halfpap.
O prefeito atual, José Luiz Cunha, o Bóca, é outro que dá indícios de que ficará fora da campanha em 2018. Bóca, detentor da campanha mais cara da eleição municipal, ficou em terceiro lugar, com cerca de 10 mil votos.
“A princípio eu vou cuidar dos meus negócios, realmente vou me afastar da política. É essa a minha intenção”, afirma o prefeito, que também não definiu se irá manter sua filiação no PP.
“Depende da reforma partidária. Não sei se fico sem filiação. Depois da reforma política eu tomo um rumo”, explica.