Desafio Modal compara tempo gasto entre as diversas modalidades de locomoção em Brusque
Em três pontos da cidade, moto foi mais rápida
Em três pontos da cidade, moto foi mais rápida
Como parte das ações do Dia Mundial Sem Carro, realizado ontem, a secretaria de Trânsito e Mobilidade de Brusque (Setram) divulgou os resultados do Desafio Modal, realizado no município no início do mês de agosto.
O desafio tem como objetivo colocar em prática um comparativo entre as diversas modalidades de locomoção em Brusque. No dia 5 de agosto, foram selecionados diferentes trechos do município com a mesma distância – 4,5 quilômetros – e comparados o tempo, custo, poluição e o número de árvores/ano necessário para neutralizar os efeitos poluentes, em diferentes meios de transporte.
“Selecionamos os cinco principais eixos de volume de Brusque: Guarani, Primeiro de Maio, São Pedro, Azambuja e Santa Terezinha. Naquele dia, várias pessoas saíram do mesmo local, no mesmo horário, em meios de transporte distintos, cronometrando o tempo em que chegariam ao seu destino final”, explica o secretário de Trânsito e Mobilidade, Paulo Sestrem.
O desafio modal brusquense mostrou que, saindo do Terminal Urbano em direção ao Guarani, São Pedro e Azambuja, entre as 18h05 e 18h25, a moto chega mais rápido. Foram 09:51min, 09:50min e 10:14min, respectivamente, para chegar ao destino final.
Já saindo do mesmo ponto e horário em direção a Primeiro de Maio, é a bicicleta que chega mais rápido: 11:58min, contra 17:23min da moto, e 20:51min do carro. No entanto, para o bairro Santa Terezinha, é o carro que chega antes: 10:18min, contra 10:30min de moto e 10:40min de bicicleta.
Para ele, a avaliação final do desafio foi positiva. “Tivemos várias situações. Isso mostra como a nossa cidade é diferente em vários pontos. A diferença entre um veículo e outro é mínima, de minutos. É claro que é passível de muitas interferências, mas com o desafio ficou claro a possibilidade que temos de usar outros meios modais para nos locomover em Brusque”.
A quilometragem do percurso foi definida para mostrar que todos podem percorrer o trecho a pé, de bicicleta ou de carro. “A distância é uma distância boa, qualquer pessoa pode fazer, não precisa ser um atleta”, destaca.
A ideia da Setram é promover mais edições do desafio para comparar os resultados e ver se houve alguma mudança significativa no trânsito brusquense. “Vamos fazer outros desafios para ver se os dados conferem, se há muita alteração, acho importante ter esses dados, é uma forma de conscientizar a população e incentivar a usar meios alternativos, melhorando assim, todo o trânsito”, conclui Sestrem.
Trajeto 1: Centro – Guarani
09:51min (moto)
10:59min (carro)
11:03min (bicicleta)
14:34min (ônibus)
29:21min (a pé)
Trajeto 2: Centro – 1º de Maio
17:23min (moto)
20:51min (carro)
11:58min (bicicleta)
18:50min (ônibus)
47:22min (a pé)
Trajeto 3: Centro – São Pedro
09:50min (moto)
11:49min (carro)
11:13min (bicicleta)
10:56min (ônibus)
47:06min (a pé)
Trajeto 4: Centro – Azambuja
10:14min (moto)
11:41min (carro)
12:39min (bicicleta)
12:50min (ônibus)
43:35min (a pé)
Trajeto 5: Centro – Santa Terezinha
10:30min (moto)
10:18min (carro)
10:40min (bicicleta)
11:40min (ônibus)
39:24min (a pé)
Passeio ciclístico
Centenas de ciclistas participaram na noite de ontem do passeio ciclístico realizado pela Setram em parceria com o Fórum da Bicicleta. O passeio saiu da praça Sesquicentenário, passou pelas principais ruas do município até retornar ao ponto de partida. Integrante do grupo “Elas e as magrelas”, Vivian Reichert, 33 anos, foi uma das participantes do passeio ciclístico. Ela vê na bicicleta uma maneira de extravasar as emoções. “É uma válvula de escape da correria do dia a dia, melhora o nosso humor, dá mais disposição é muito bom”, diz.
O grupo feminino existe desde fevereiro com aproximadamente 45 mulheres de todas as idades que se reunem para pedalar e se exercitar. Quem também participou do passeio foi Márcia Montibeller, 58 anos. Ela começou a pedalar com mais frequência há três anos, quando começou o projeto das bicicletadas em Brusque. “Sempre que eu posso eu pedalo. Gosto muito de participar dos passeios. É muito bom”.