Por Thiago Facchini
O interior de Brusque proporciona cenas de tirar o fôlego. Entre os destaques estão as cachoeiras espalhadas pela cidade. Para quem deseja fazer atividades na natureza, são ótimas opções. No entanto, algumas têm entrada proibida.
No Dia da Água, celebrado nesta quarta-feira, 22, O Município preparou uma lista dos cinco principais “caminhos da água”, que encantam quem as conhecem.
Entre as mapeadas pela reportagem, Brusque conta com cinco cachoeiras e complexos de quedas d’água. A maioria fica em terrenos particulares, sem acesso ao público.
Em cachoeiras é necessário ficar em alerta aos perigos. Deve ser dada atenção também à preservação dos espaços. É importante que não seja deixado lixo no chão após os passeios.
Os bombeiros recomendam cuidados a serem tomados. Não se deve subestimar os riscos, mesmo que a pessoa já conheça a cachoeira. É necessário também atenção especial com pedras, que podem ser escorregadias, e evitar mergulhos de cabeça.
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1. Complexo de cachoeiras do Taquaruçu
O complexo de cachoeiras da localidade do Taquaruçu fica no bairro Cedro Alto. Todas as quedas d’água pertencem ao mesmo ribeirão. As cachoeiras, no entanto, não tem acesso permitido ao público.
A família Lyra é dona dos dois terrenos e os proprietários de cada cachoeira são primos. Na região ainda há uma terceira cachoeira, também sem acesso permitido.
Em contato com um dos proprietários, ele reforçou à reportagem que nenhum dos terrenos da família é aberto ao público, por mais que diversas pessoas frequentem o complexo nos fins de semana.
A primeira cachoeira fica a 650 metros após o início do trecho não pavimentado, próximo à entrada da localidade do Bela Vista, no Cedro Alto.
A segunda cachoeira é mais à frente, após mais 1 quilômetro da primeira. A segunda cachoeira, na verdade, é escondida em meio à mata.
A beleza do complexo é de encantar. A segunda cachoeira do Taquaruçu, por exemplo, conta com duas quedas d’água em sequência.
2. Cachoeira do Merico
Outra beleza natural da cidade que é muito conhecida é a cachoeira do Merico, também no bairro Cedro Alto. A cachoeira tem acesso ao público permitido, mas está sem manutenção.
No passado, o destino dos moradores de Brusque em dias livres era a cachoeira do Merico. Além da queda d’água que refrescava os banhistas no verão, havia tobogã, escorregador, ponte, churrasqueira e piscina em meio à natureza.
O terreno pertence à Prefeitura de Brusque e o poder público pretende lançar um edital de concessão à iniciativa privada até meados de abril, para que o espaço possa ser explorado novamente.
O nome da cachoeira, escolhido nos anos 70, é em homenagem ao professor e líder comunitário que se tornou prefeito de Brusque, Alexandre Merico.
Na ocasião, Alexandre Merico sofreu um acidente no local e deslizou pelas pedras. Ele chegou a ser levado ao hospital. Depois, o sobrenome dele passou a nomear, também, a cachoeira.
Foi no mandato de Alexandre Merico que o local foi comprado pela prefeitura. O poder público transformou o terreno em um espaço de lazer para os moradores da cidade.
O acesso à cachoeira é pela rua João Victorino Mafra, no Cedro Alto. Quando o asfalto acaba, é necessário seguir pela estrada de chão da rua Batista Silva, que muda em seguida para a rua José Dada. São cerca de 350 metros pela estrada de chão.
Depois, é necessário virar à esquerda e entrar na rua Ângelo Lussoli. Após percorrer alguns metros pela rua, o acesso para cachoeira fica ao lado direito.
3. Cachoeira da Buettner
Popularmente conhecida como cachoeira da Buettner, a queda d’água do bairro Bateas é, na verdade, uma antiga represa em meio à natureza.
A água represada traz a impressão de estar em uma cachoeira natural. A calmaria da água logo se transforma em agitação após a passagem pelo paredão.
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O nome da cachoeira é em alusão à antiga empresa Buettner. Nos dias de calor, os funcionários da empresa iam ao local para tomar banho de cachoeira e se refrescar.
Os bancos do antigo quiosque que ficava no local sobre uma rocha ainda podem ser vistos, mas foram consumidos pela ação climática.
O local fica próximo à antiga associação da Buettner, no Bateas. A cachoeira está localizada a poucos metros após o pontilhão de madeira do trecho não pavimentado da rua Edgar Von Buettner, no lado direito da estrada.
Os acessos à cachoeira, no entanto, estão fechados. O terreno mudou de proprietário recentemente. O novo dono informou que o local passa por mudanças.
4. Cachoeira dos Gracher
Uma confusão muito comum é chamar a cachoeira dos Gracher, que fica no terreno da família Gracher, de cachoeira da Buettner. Apesar de próximas, os proprietários não são os mesmos.
O espaço, no entanto, não é destinado à exploração e não tem acesso ao público permitido. O ambiente da cachoeira é cercado pelo verde da natureza. Logo após a queda d’água, é formada uma piscina natural.
A cachoeira fica no fim do trecho não pavimentado da rua Edgar Von Buettner, no Bateas, após 650 metros da cachoeira da Buettner. A região da cachoeira dos Gracher, na verdade, também se trata de um complexo de cachoeiras.
Na chegada ao local há um pequeno córrego, que conta com duas vigas colocadas no chão que ligam o terreno da cachoeira com o fim da rua.
O destaque não é somente para a queda d’água e para a região verde, mas também para a areia no chão, como na praia.
5. Complexo de cascatas do Limeira Alta
Para fechar a lista dos “caminhos da água” de Brusque, temos o complexo de cascatas localizado no bairro Limeira Alta. O espaço pertence à família Mafra.
Para quem deseja preparar um piquenique e ter um fim de semana diferente, o local, que é aberto ao público, é o ponto ideal. No entanto, o respeito ao meio ambiente deve permanecer.
O dono do terreno, Silvano Mafra, solicitou que os visitantes do complexo de cascatas tenham cuidado com a limpeza e organização, sem deixar lixo espalhado.
“O local está aberto à visitação, mas pedimos a todos que sejam responsáveis pelo lixo produzido. Tragam sacolinhas de casa e levem embora o que forem descartar”, pediu Mafra.
O dono solicita ainda cuidado com fogueiras. Se assar alimentos, é necessário cuidado para não colocar as brasas sobre o piso rochoso e não manchá-lo
Para acessar o local é necessário seguir pela rua Pedro Mafra, no Limeira Alta, em direção ao reservatório do Samae na região.
A entrada do complexo fica a 600 metros do reservatório. Há ainda outra cachoeira na região, mas os proprietários não permitem a entrada.
Colaborou Ciro Groh
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